Centroavante de carteirinha, o afamado aipim, o atacante fixo, nascido, criado e adubado na grande área, está em fase de extinção no melhor futebol planetário. São reservas nos grandes clubes. Perderam valor no mercado.
Mas ainda são adulados por técnicos importantes no Brasil. Roger Machado tem o seu, o gremista Bobô. Argel Fucks ganhou um, o novo colorado Ariel, 28 anos, 11 de carreira e oito clubes.
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Argel pensou em Rafael Moura num primeiro momento. Não rolou liga. Sem ambiente e perseguido por vaias, a torcida forçou a direção a negociar o jogador. Pediu outro aos dirigentes, não necessariamente um número 9 do passado. Encontrou o argentino Ariel.
O centroavante de quase 1m90cm não deu certo no Coritiba na década passado. Era novo, outra cabeça, sem a experiência de hoje. Foi elogiado no México quase 10 anos depois, país do Pachuca, o mais recente campeão nacional.
O atacante ganhará vida nova no Beira-Rio, mesmo que a torcida aguardasse outro nome, um atacante bem mais qualificado. É um absurdo classificar Ariel como poste. É um desrespeito ao jogador.
Argel o quer na grande área e como opção de segundo tempo. Não será titular. Será um atacante de final de partida, convocado nos últimos 20,30 minutos, quando o jogos estiver truncado, o adversário, feito muralha, acantonado nos últimos 30 metros do gramado.
O sistema tático do Inter apetece Ariel. Os cruzamentos de Willian e Arthur motivam o centroavante. Ele ganhará bolas na sua casa, na área, pelo alto, no meio dos zagueiros, no chão, na disputa pessoal, na força. É o seu mundo. Os gols só dependerão dele, um centroavante grandalhão, dinossauros do futebol contemporâneo.