O técnico do Inter cresceu no conceito de seus jogadores ao dar nova chance a Alex. E também mostrou que não coloca questões pessoais acima do clube.
Se não foi para o técnico, ficou parecendo, aquela postagem do jogador falando em elogiar em público e cobrar no privado. É um lado da moeda.
O outro lado da moeda: Argel, de fato, o expôs demais ao criticar (não sem razão: falo apenas do jeito como falou) a sua expulsão diante do São Paulo.
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Antes da rodada de fim de semana, dei minha opinião: o melhor caminho era passar uma borracha por cima de tudo, pois Alex ainda podia contribuir com sua experiência. Mas, para isso, ambos tinham de estar dispostos a se acertar.
Argel fez bem em dar nova chance a Alex. Mostrou grandeza. E Alex soube aproveitá-la, entrando bem na Vila Belmiro e dando o passe para o gol de Aylon.
Mesmo com o Inter pensando em negociá-lo com o Botafogo, Argel pediu que ele fosse a Santos. Mostrou que, mesmo com o jeito de durão, sabe ceder e recompor internamente, com diálogo.
Alex é campeão do mundo pelo Inter. É raro um jogador estabelecer relação tão densa com um clube. Errou, mas não é do seu feitio. Desculpou-se. Completará 300 jogos pelo Inter contra o Atletico-PR, se entrar no segundo tempo na quarta-feira.
Não se pode tratar um jogador com trajetória feito Alex como se ele tivesse chegado ontem e fosse um mero reincidente. Argel e o Inter agiram corretamente, pensando no time. O diálogo é um arma poderosa em quase todos os casos.
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