Ao liberar DAlessandro, que saiu por muita vontade própria, o clube ganhou um vácuo no time. Não sai apenas o jogador. Partiu o líder técnico e o capitão. A referência.
As grandes lideranças do vestiário colorado ficam com Alisson, que deixará Porto Alegre em breve, Alex, um veterano nos últimos momentos da carreira, e Paulão, que a torcida não engole bem.
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Não existe ninguém parecido com o icônico argentino no vasto grupo de jogadores do Inter. É preciso ir ao mercado, pesquisar, contratar. Vasculhar o país e o Exterior. Será uma tarefa ingrata.
Mas o Inter não pode pensar num novo DAlessandro, num clone, numa cópia, melhor ou nem tanto. Não existem dois jogadores iguais. Quando um ídolo troca de time, é preciso criar outro. A posição é detalhe.
O gaúcho Anderson não é o cara. O canhoto teve chances, completou um ano de Beira-Rio e ainda não consegui fazer três grandes partidas em sequência. Com Anderson, o Inter deve fazer dinheiro, caixa, talvez munição para contratar.
O Inter precisa de uma referência técnica, camisa 10 ou não, o jogador que todos apontam como o melhor, o que decide, o que joga para si e para o grupo, capaz de assumir protagonismos. Um atleta com poder de representar a torcida, falar por ela e jogar como ela quer e espera. Será a contração da vida do presidente Vitorio Piffero tamanho o desafio.
Valdívia, que dividiu o posto de melhor jogador do Inter com o goleiro Alisson em 2015, está machucado. Apostar nele, um goleador, é o melhor caminho, antes que a nova referência não ocupe o gramado do Beira-Rio. A bola, porém, está com o presidente.
DAlessandro não voltará. Se voltar no ano que vem, o que renderá um atleta de 35 anos no futebol cada vez mais veloz dos nossos difíceis dias?
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