Toda perda pode significar um ganho. Você sofre, respira, aproveita os silêncios para meditar. Se ficar só olhando no retrovisor e ruminando o que não volta mais, o sofrimento te consome e o futuro se embaralha. Mas se acreditar que toda grande perda implica mudar, e essa mudança pode ser para algo novo e instigante, a vida segue com mais maturidade e viço. É assim quando se perde um familiar, um amigo, alguém de quem se gosta. No caso do futebol, dá-se o mesmo quando um ídolo deixa o clube, porque são os ídolos que apaixonam o torcedor.
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A partir deste sábado, contra o bom e organizado Ypiranga, no Beira-Rio, o Inter terá de encarar esse processo. Sem DAlessandro para carimbar jogadas e determinar o ritmo de tudo, dento e fora do campo, às vezes vindo aqui atrás buscar a bola, ao lado da linha de volantes, o técnico Argel está diante da chance de ajustar o estilo da equipe, imprimindo-lhe mais velocidade e intensidade.
Abrem-se lacunas de protagonismo, liderança e, mais do que tudo, de espaço. Alguém terá de ocupá-las neste recomeço. A oportunidade está lançada, e a vida é feita delas.
Diante do São José, com aquele gramado, qualquer análise fica prejudicada. Na estreia da Primeira Liga, contra o Coritiba, ficou clara a opção radical do Inter pelos lados, aprofundando volantes do losango de meio e subindo laterais. Os zagueiros abrem na saída de bola, empurrando William e Artur para a frente.
Penso que seria produtivo o Inter trocar mais passes pela faixa central do campo inimigo, girando a bola e mexendo a marcação. É assim que o espaço aparece.
Por vezes, Rodrigo Dourado e Anderson dialogam apenas entre si ou com os laterais, sem buscar um apoio mais adiantado e descobrir novos rumos na progressão. Sasha e Vitinho precisam ser acionados por dentro também nesse trabalho, e não só pelo lado. É esta variação que confunde as linhas defensivas adversárias.
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