Argel Fucks completa, neste sábado, seis meses de Inter. Contratado ao Figueirense, o treinador chegou quatro dias depois de uma das grandes crises do Beira-Rio nos últimos anos: a eliminação na semifinal da Libertadores, seguida da demissão do técnico Diego Aguirre mais a histórica goleada de 5 a 0 no Gre-Nal da Arena. Argel estreou em um emergencial 0 a 0 com o Cruzeiro, no Mineirão.
De lá para cá, o ex-zagueiro colorado utilizou 39 jogadores, promoveu atletas das categorias de base e perdeu gente de peso, como D'Alessandro e Valdívia - sem contar com reposições do mesmo nível. Se permanecer por mais 46 dias no cargo, ele ultrapassará o seu antecessor uruguaio, que ficou no clube durante 227 dias, da contratação à demissão.
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Quando assumiu o Inter, Argel recebeu a equipe com apenas 24 pontos e na 10ª posição do Campeonato Brasileiro. Finalizou a temporada com 60 pontos e às portas da Libertadores. Porém, perdeu a vaga para o São Paulo e ficou com o quinto lugar. Na Copa do Brasil, passou pelo Ituano, mas caiu em seguida para o Palmeiras (que acabou se sagrando o campeão do torneio). Os primeiro movimentos de 2016, porém, mostram um time que é todo desconfiança aos olhos do torcedor. Zero Hora apresenta alguns dos altos e baixos de Argel nesse meio ano de Inter:
O resgate de Vitinho
Até a chegada de Argel, Vitinho era um reserva que por vezes sobrava do banco - apesar de marcar gols quando atuava pelos suplentes. Com o novo treinador, ganhou sequência e confiança, respondendo com gols. Fez oito e chegou a decidir seis partidas para o Inter.
Beira-Rio invicto
O time de Argel resgatou o Beira-Rio como um local de vitórias para o Inter. Já foram 12 vitórias em 15 jogos como mandante. Mais três empates. Uma invencibilidade que dá ao treinador um aproveitamento de 86,6%. Como visitante, porém, os números não são bons. Disputou 13 jogos, perdeu sete e empatou três - o que prejudicou a trajetória de recuperação da equipe no Campeonato Brasileiro.
Rodrigo Dourado
Argel pediu a contratação de Fernando Bob, para que pudesse deslocar Dourado para a segunda função do meio-campo, à direita. Mas, até aqui, a ideia do treinador não parece ter vingado. Rodrigo Dourado não se mostra à vontade na função e rendia mais no ano passado, atuando à frente dos zagueiros.
Sem o capitão
Ceder D'Alessandro ao River Plate não foi culpa de Argel. Porém, já sabedores do desejo do capitão para retornar a seu país, direção e técnico não apontaram para um substituto no mercado. Os reforços buscados para a temporada foram modestos: Fernando Bob, Marquinhos e Fabinho. O Inter, de maneira tardia, corre atrás de uma grife para recompor o setor - uma vez que Alex, Anderson e Marquinhos não parecem em condições de liderar a equipe.
A hora do treinador
O atual elenco de Argel ficou mais modesto do que era no ano passado. Se antes ele era um treinador que havia comandado times mais modestos e em ascensão, agora, precisará criar alternativas para devolver ao Inter um futebol convincente. O treinador vem realizando mudanças na equipe titular, mas o que se vê ainda é um time incipiente.
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