No final da década de 1960, ainda menino, quando comecei a frequentar estádios, existiam figuras folclóricas que transitavam pelas arquibancadas. Eram os chamados torcedores-símbolos. Em minhas primeiras idas ao velho Eucaliptos, me deparava com frequência com um senhor, meio gordinho, negro, invariavelmente tocado de álcool e que se movimentava trôpego pelas dependências do estádio. Um dia me disseram que seu nome era Charuto. Acho que ele nunca viu um final de jogo. Sempre que íamos embora, ele estava dormindo em um canto da arquibancada.
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