Referência em controle antidoping e membro permanente do Comitê Olímpico Internacional, o médico gaúcho Eduardo De Rose se disse surpreso com o teste antidoping feito nos jogadores do Inter nesta terça-feira, a pedido da CBF. A medida, segundo De Rose, acontece com frequência na Europa. No Brasil, porém, coletar amostras de um grupo inteiro só em Copas do Mundo.
– Eu nunca tinha visto fazer no Brasil. Existem dois tipos de controle de doping: dentro e fora de comperições, isso em regra geral do esporte, e não só para o futebol. Em toda a história, desde 1971, quando há este controle, nunca tive a informação que tenha sido feito em um grupo inteiro, de surpresa – disse o médico.
CBF faz teste antidoping surpresa no grupo do Inter
De acordo com De Rose, os jogadores não tinham a opção de negar-se a ceder material para o exame. O Brasil faz parte da convenção internacional antidoping criada pela Unesco. Esta, por sua vez, dá plenos poderes para a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem realizar testes surpresa ou não, sem que o atleta possa optar por fazer.
– Legalmente, eles não precisam ser avisados. Qualquer atleta, que esteja envolvido, precisa submeter-se às regras – explicou De Rose.
Nilton e Wellington Martins testaram positivo para as substâncias diuréticas hidroclorotiazida e clorotiazida. Este novo teste, feito na última terça-feira no CT Parque Gigante, se deve ao fato de a CBF ter recebido como incomum o fato de dois jogadores do mesmo time terem sido pegos no antidoping.
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