As suspensões preventivas de Nilton e Wellington Martins, até o julgamento no STJD por doping por substâncias diuréticas - o que deverá representar que o Brasileirão já acabou para ambos -, causaram um grande problema para o técnico Argel Fucks. Sem os dois volantes, o treinador precisará definir um substituto para atuar ao lado de Rodrigo Dourado, na retomada do campeonato, dia 19, contra a Chapecoense, em Santa Catarina. E aí pode surgir um segundo problema: Dourado está com dois cartões amarelos e, se receber o terceiro, estará fora do Gre-Nal do Beira-Rio.
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Caso decida preservar o seu principal volante, Argel precisará recompor o setor de maneira mais dramática. Há dois grupos de volantes no elenco: os de fato e os improvisados. No primeiro time estão o uruguaio Nico Freitas, indicado ainda por Diego Aguirre, Matheus Bertotto e Silva. Na segunda equipe, o rol é composto por Anderson, William e Alex.
- Se tiver alguém da posição, deve ser ele. Nico Freitas é da função e não acho ele um jogador tão escasso assim. Ao menos, é da posição. O Anderson não consegue marcar - analisa Batista, um dos principais volantes da história do Inter.
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O atual comentarista do canal Premiere argumenta que a função de volante se torna demasiadamente arriscada quando exercida por alguém que não está acostumado àquele naco de campo.
- Há um risco maior de o jogador improvisado não conseguir ter a percepção do espaço. Um meia atuar como lateral é algo bem mais simples. Mas, de volante, você precisa cobrir uma área muito grande, auxiliar os laterais, encurtar espaços, combater atacantes e até apoiar o setor ofensivo. É um setor em que o improviso se torna uma temeridade - ensina Batista.
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No treino de ontem, o primeiro da semana, Argel testou o time no 3-5-2 (com Paulão, Réver e Ernando na zaga) e no 4-4-2 (com Paulão e Juan na zaga mais Ernando na lateral-esquerda). Nessas duas situações, a dupla de volantes foi composta a maior parte do tempo por Rodrigo Dourado e Nico Freitas. No início, Anderson formou dupla com Dourado, mas logo perdeu a vaga para o uruguaio.
- Os volantes precisam se encaixar bem. Volante craque é algo raro. Rodrigo Dourado é muito bom jogador. Não sei se o Nico é a melhor opção, mas o Dourado precisa ter alguém fixo à frente da zaga, para que ele possa sair jogando - afirma Wellington Monteiro, volante campeão da Libertadores e do Mundial com o Inter.
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Nico Freitas, o favorito para ocupar a função, foi titular na estreia de Argel (0 a 0 com o Cruzeiro, no Mineirão), mas, na sequência, ele não recebeu novas chances e ainda teve a sua temporada atrasada em quase um mês por causa de uma lesão muscular na panturrilha esquerda. Agora, na reta final do Brasileirão, ele parece ressurgir como titular diante da Chapecoense e para o clássico do dia 22.
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Leandro Behs
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