O Inter foi intenso desde o primeiro minuto na goleada por 6 a 0 sobre o Vasco na noite desta quarta. Os quatro gols no segundo tempo foram um pedido do técnico Argel Fucks ainda no vestiário. Não necessariamente o número. Mas o fato de o time não se acomodar em campo apesar de encarar um dos prováveis rebaixados de 2014:
- Quando você faz 3 a 0 é importante, mas não é decisivo. Em momento algum tem que tirar o pé do acelerador pra matar a partida o quanto antes. E é isso que falamos no vestiário: não acomodar. Esse comprometimento, de não tirar o pé - disse Argel, após a vitória no Beira-Rio que garantiu pelo menos duas posições na tabela.
Em noite inspirada, Inter goleia o Vasco por 6 a 0 no Beira-Rio
Confira trechos da coletiva do treinador:
Atuação e treinos
"Primeiramente, a gente não fez mais do que a nossa obrigação. Futebol nos ensina que quando você perde, não precisa fazer uma tempestade em um copo d'água. Ontem (terça), fizemos um trabalho tático, trabalhamos intensamente a bola parada. Temos jogadores que batem bem na bola, que atacam bem. Ontem (terça) treinamos bola parada ofensiva, defensiva. Cada um sabe o seu posicionamento. Vitinho sabia que (o cruzamento) ia na na marca do pênalti. Futebol é uma repetição. Mesmo vindo de uma derrota, de um 3 a 0, não nos abalou a parte psicológica, pelo contrário. A equipe estava com uma vontade muito grande de dar uma resposta. Tivemos humildade e seriedade. O mais importnate é comprometimento. Jogadas rápidas pelo lado, infiltração, fizemos uma grande partida. Tudo o que fizemos no campo, passa pelo treinamento."
Intervalo, conversa no vestiário
"Quando você faz 3 a 0 é importante, mas não é decisivo. Em momento algum tem que tirar o pé do acelerador para matar a partida o quanto antes. Cansamos de ver viradas por 3 a 2. No primeiro tempo, fizemos uma partida muito equilibrada, colocamos o adversário em situações difíceis. E é isso que falamos no vestiário, não acomodar. Esse comprometimento de não tirar o pé. Voltamos numa pressão grande, buscando o terceiro gol. Foi importante a atitude."
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D'Alessandro
"D'Ale é meu capitão, é meu homem de confiança. Se eu falei hoje (quarta) de manhã que o Anderson está babando, ele está babando. O que eu quero do Anderson é o que fez hoje (quarta). Você tem que mostrar uma atitude. Vi o Anderson acompanhando o lateral-direito e dando um carrinho na linha de fundo. É um jogador que estava dez anos na Europa, não estava na condição física boa. Claro que fico satisfeito, é um dos meus desafios recuperar o Anderson. Ele não tem 36 anos. Tem que ter ambição, fome para jogar futebol. É isso que a gente cobra, essa disciplina. É um garoto bom, gostam dele. A gente está recuperando o Anderson, vai brigar pela titularidade. Isso me dá uma confiança maior. Podia entrar com biquinho, entrou humilde.
Lisandro
"Tive uma conversa, chamei o Lisandro, o Nico. Disse que, a partir daquele momento, eu queria eles, porque eles foram trazidos pelo Aguirre. Tinha a possibilidade de colocar o Nico e preservar Dourado ou Nilton. Grupo está muito tranquilo, muito focado. Sabem que tem o treinador que é justo."
Velocidade
"Vitinho estava com o terceiro amarelo. Mas o time que vai jogar contra o São Paulo vai treinar, é só vir olhar. Está 2 a 0 o jogo, você já pensa no São Paulo. O momento era o jogo do Vasco. Queríamos colocar o Lisandro pra jogar 45 minutos. Vitinho poderia ser expulso. A escalação para o jogo contra o São Paulo sai sexta."
Grande atuação em casa
"A gente não pode falar sobre o jogo de sábado. O jogo de sábado vamos falar na sexta, na coletiva. É pouco tempo de trabalho. Quando a nossa equipe está descansada, rende mais. Jogando às 11h, a cabeça quer, mas o corpo não reage. Há diferença. Vamos com calma, com tranquilidade. Sabemos da responsabilidade. Sempre o próximo jogo é o mais importante, e o mais difícil. Não fizemos mais do que a nossa obrigação. Quando a gente ganha, não comemora muito e, quando perde, não faz uma tempestade em um copo d'água. O treinador tem convicção. Precisamos melhorar no aspecto físico, no aspecto tático. Não podemos usar o Wellington, Vitinho, Rafael. Temos amanhã (quinta) para trabalhar. O time que treina é o time que joga. Não tem coletivo de madrugada, não."
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Erros
"Hoje demos uma prova forte, principalmente na personalidade. Você vem com uma derrota de 3 a 0, com erro de arbitragem. Temos de assumir a responsabilidade. Quando você perde, tem que saber porque perde. Quando ganha também. Ainda precisamos melhorar no aspecto físico, tático e técnico. Hoje vimos uma recuperação não inteira, mas em partes. É o caso do Anderson. Lisandro, por onde passou foi goleador, e aqui vai ser assim. Vitória passa pela atitude dos jogadores. A gente viu um time solto. Até parecia que vínhamos de uma vitória."
Nilton
"É um jogador importante. Acabou aquela época de volante 'brucutu'. Futebol moderno tem que marcar e ter qualidade com a bola no pé. Estão voltando os volantes românticos. O Inter teve isso, com Falcão, Batista. Futebol hoje mudou, todo mundo ataca, todo mundo defende."
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Geferson
"Foi muito bom ter fechado a janela (de transferências). Ele tem 20 anos. Fez cruzamento para gol. Acho que é a liberdade que a gente dá."
Clima pós 6 a 0
"Alivia até amanhã. Amanhã, trabalhamos para enfrentar o São Paulo. E tem uma novidade: precisamos ganhar. Futebol alivia, é importante, mas precisamos ficar com o pé no chão."
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Vitinho elogia Argel
"Eu acho que isso é reconhecimento, que eles assimilaram o nosso jeito de trabalhar. O ambiente é bom no CT, é cada um no seu quadrado. É isso que eu quero. Eu abraço o jogador. Isso nos dá a garantia que estamos no processo certo, mas que não ganhamos nada. Estamos correndo atrás de algum objetivo. Agora, claro que essa resposta que vem do atleta, eu sinto no coração, na alma, no olhar deles. Estão trabalhando, tem um cara honesto, que entende que a performance dele vai mantê-lo no time. Nós perdemos o jogo, trato todo mundo da mesma maneira. A hora que tiver que dar uma descontração, vai ter. Você tem que estar feliz quando você chega para trabalhar. Tem que estar feliz, alegre. Somos os privilegiados de trabalhar em um clube que nem o Inter, com salário em dia. E os jogadores têm feito isso. Quando eles perderam, a minha definição era a mesma. Tenho confiança."
Gol mais bonito
"Difícil. A gente pede muito para o Valdívia chutar de fora da área. E o Nilton fez um gol parecido no Cruzeiro. O conjunto da obra foi bonito. William cruza, e é o que a gente pede no dia a dia. É gostoso e é gratificante quando você vê o resultado em campo. Escolher o mais bonito é difícil. Para quem gosta, tiveram seis gols, um mais lindo do que o outro."
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Alex e Muriel
"Primeiro que conheço o Alex há muito tempo. Fez uma partida espetacular. Cumpriu uma disciplina tática muito boa. Ele pediu a substituição, sabe quando aperta na parte física. É um jogador espetacular. Alex ainda vai ser muito útil. Temos uma escala de capitães, e você tem que ter um jogador da casa. Como o Alisson, o Juan não estavam, pedi para o Alex para passar a faixa de capitão para o Muriel. Isso cresce. Muriel fez uma partida competente. É importante ter um representante da base."
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