Campeão gaúcho, o Inter decidiu investir na campanha da Libertadores e deixar o Brasileirão em segundo plano. A Libertadores ficou pelo caminho em Monterrey, jogadores saíram, o Inter enfrentou uma forte crise de vestiário, levou goleadas, o comando técnico foi trocado. Com uma preocupante campanha (de 25 pontos, com 43,9% de aproveitamento, com seis vitórias, sete empates e seis derrotas, além de saldo negativo de sete gols; a pior desde a disputa do Brasileirão por 20 clubes, a partir de 2006). Confira os números e as curiosidades do Inter no primeiro turno do Campeonato Brasileiro:
Contra o G-4
As partidas do Inter contra os times do G-4 refletem um pouco da má campanha no Brasileirão: ganhou apenas três pontos. Como visitante, perdeu para o líder, Corinthians, por 2 a 1, e foi goleado pelo "G-3", Grêmio, por 5 a 0. No Beira-Rio, perdeu para o vice-líder, Atlético-MG, por 3 a 1, e bateu o Fluminense, o quarto colocado, por 1 a 0.
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Contra o Z-4
O desempenho colorado, porém, foi melhor contra os moradores do Z-4. De 12 pontos possíveis, somou 10. Em casa, ganhou do Goiás (2 a 1) e do Coritiba (2 a 0). Fora, bateu Joinville (2 a 0) e empatou com o Vasco - com o time misto e sofrendo o 1 a 1 a 10 minutos do final da partida.
Libertadores ou Série A?
A partir de agora, o Inter com Argel precisará tomar uma decisão: disputará vaga na Libertadores ou a permanência na Série A?
Destaque: Está oito pontos atrás do Fluminense, o último classificado à Libertadores e seis pontos à frente do Goiás, o primeiro dos quatro rebaixados.
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Três times
Para fazer a 11ª campanha do Brasileirão, o Inter precisou de 35 jogadores e de três comandantes. Do resgatado Zé Mário ao engavetado Leo, passando por Nilmar, Winck, Jorge Henrique, Aránguiz e Alan Ruschel, todos já negociado. Os reis do turno no Beira-Rio foram Anderson e Rafael Moura. Meia e atacante foram os que mais jogaram. Nas 19 rodadas, eles entraram em campo em 14 jogos, cada.
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Desequilíbrio
Se comparados os números do ataque e da defesa, Inter e Joinville têm o mesmo potencial. O ataque do Inter fez 14 gols contra 13 dos catarinenses. As defesas são iguais: cada uma levou 21 gols.
Destaque: O goleador do Inter é Vitinho e tem apenas quatro gols no campeonato. Nilmar, que já desfila o seu futebol pelos Emirados Árabes, é o vice-artilheiro, com três.
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Chuva de gols
Dos 21 gols sofridos pelo Inter, 66,6% deles (14 gols) ocorreram em apenas quatro partidas. Confira: Atlético-PR 3x0 Inter, Sport 3x0 Inter, Inter 1x3 Atlético-MG e Grêmio 5x0 Inter.
Finalizações
Apesar de apenas 14 gols marcados, o Inter tem chutado. Nem sempre no gol. Vitinho, Lisandro e Valdívia foram os que mais arriscaram. O aproveitamento, porém, não é dos melhores. Vitinho chutou 28 vezes e acertou apenas sete. Lisandro concluiu 20 vezes a gol. Acertou a metade. Já Valdívia, soma 21 conclusões. Nove delas no gol. Vitinho marcou quatro gols, Lisandro e Valdívia, um cada. E Alex? Famoso por seus chutes de fora da área, o camisa 12 tem 17 chutes. E nenhum gol.
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Bate e assopra
Rodrigo Dourado e Rafael Moura foram os colorados que mais cometeram faltas no campeonato: 13, cada. Porém, eles batem com classe. O volante recebeu três cartões amarelos e o atacante, dois.
Destaque: Geferson e Lisandro López foram os mais amarelados do Inter, cada um contribuindo com cinco cartões. No caso do atacante argentino, eles foram quase todos por reclamação. Inclusive um vermelho que recebeu.
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William
Interessante o que ocorre com o camisa 6 do Inter. O jogo da equipe no Brasileirão passou por ele (ou há um desequilíbrio grande entre a direita e a esquerda). William foi quem mais acertou e também quem mais errou passes no Inter: 538 x 73. Foi quem mais cruzou: 48. E, nos lançamentos, ele está empatado com Alex, ambos com 53. Porém, a dupla perde para os irmãos Becker.
Destaque: Os goleiros Alisson e Muriel são os campeões de lançamentos no Inter (ou da ligação direta). Alisson fez 185 lançamentos e Muriel, outros 92.
Na banheira
Juntos, Lisandro López e Rafael Moura somam dois gols no Brasileirão. Cada um deles marcou um. Mas foram responsáveis por interromper 13 ataques. Lisandro ficou nove vezes em impedimento. Rafael Moura, outras quatro.
O maior e o menor
O jogo do Inter às 11h marcou o maior público do Beira-Rio no Brasileirão: 41.954 torcedores assistiram à vitória por 2 a 0 sobre o Coritiba. Naquele domingo, o Inter promoveu uma série de homenagens a Fernandão, pela passagem do primeiro ano de sua morte, o que levou mais colorados ao estádio.
Destaque: Já o menor público do Beira-Rio foi o de Inter 1x0 Fluminense: 11.415 torcedores.