Quis o destino que Wagner Assis Riet Soares, 25 anos, descobrisse a paixão pelo futebol, o gosto da bola no pé, por meio de seus ídolos. Mais precisamente por Fernando Lúcio da Costa, o Fernandão. O "obrigado" ao eterno capitão do Inter ocorre em formas de visitas à estátua do ídolo, sagradamente feitas em jogos no Beira-Rio.
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Virou ritual, como quem pede a bênção àquele que deu o mundo à torcida colorada. Wagner representa Julianos, Anitas, Márcios, Leonardos e outros milhares de torcedores que, antes de a bola rolar, cercam o ex-camisa 9 com o troféu nas mãos, agora de bronze. Alguns envoltos em bandeiras. Outros apenas olham, como quem não acredita que a cena de Fernandão regendo um estádio com a camisa nas mãos e o título de Campeão Mundial na bagagem de Yokohama, em 2006, não poderá ser refeita.
Wagner conheceu o ídolo Fernandão quando estava internado no hospital da Puc
Foto: ARQUIVO PESSOAL
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Wagner talvez não lembre sempre da cena em que Fernandão recebe a bola de Élder Granja dentro da área para marcar o gol mil em Gre-Nais, o início da história do atacante com a camisa do Inter em 2004. A epilepsia refratária generalizada que sofre desde os quatro meses de vida deixam sequelas a cada crise. Motivo pelo qual não pôde investir no seu sonho de ser jogador, ainda que tenha aprendido a chutar bola antes mesmo de caminhar, com cinco anos.
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Se a memória falhar, registros o farão recordar da cena em que Fernandão eternizou o seu autógrafo na camisa 9 de Wagner. O ídolo havia virado treinador e levou o Inter para uma atividade no complexo desportivo da PUC, onde o torcedor aguardava por exames que antecediam a terceira cirurgia na cabeça.
- Como eu queria te conhecer - disse ao ver o então técnico se aproximar.
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O domingo será especial. Há um ano, a torcida do Inter perdia uma de suas principais referências em um acidente de helicóptero, em Aruanã, interior de Goiás. Wagner, neste 7 de junho, quer uma vez mais visitar Fernandão antes de a bola rolar contra o Coritiba, às 11h. Se tudo der certo, vestirá a braçadeira de capitão do ex-camisa 9, uma homenagem que o Inter proporcionará ao ídolo por intermédio de seu torcedor. Renovará, com outros cerca de 35 mil colorados no Beira-Rio, o amor ao time que lhe dá motivos para sorrir.
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Amanda Munhoz
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