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D'Alessandro estreará no Brasileirão neste domingo, contra o Santos, no Beira-Rio. A 17 dias da partida contra o Tigres, pela abertura do mata-mata semifinal da Libertadores, o camisa 10 está de volta. Sem o capitão, a equipe ainda não conseguiu decolar no campeonato nacional. Com D'Alessandro de volta ao time, o Inter dá a impressão de começar a sua remontagem e remobilização já de olho nos mexicanos.
O argentino esteve em campo pela última vez 31 dias atrás, na dramática classificação do Inter à semifinal da Libertadores, com o 2 a 0 do Beira-Rio diante dos colombianos do Santa Fe. No dia seguinte, foi submetido a uma cirurgia a fim de corrigir uma fissura no dedo anelar da mão esquerda - ocorrida ainda no mata-mata das oitavas de final com o Atlético-MG.
- Somente a figura de D'Alessandro em campo já eleva a autoestima do torcedor _ entende outro camisa 10 do Inter, o uruguaio Rubén Paz, ídolo de infância do atual 10 colorado.
Aos 55 anos, morando em Montevidéu, o armador do Inter nos anos 80 aposta no crescimento da equipe a partir da partida contra o Santos e a pouco mais de duas semanas da volta da Copa Libertadores:
- O Inter precisa dessa convivência do D'Alessandro com os demais jogadores na cancha. Apesar de ser um elenco com atletas experientes, também há muitos guris no time e eles necessitam que alguém cadencie o jogo, pare, segure a bola, ou acelere e catimbe, se necessário. E D'Alessandro é quem melhor sabe fazer isso no Beira-Rio.
Nesse período de pós-cirurgia, o argentino não deixou de conviver com o vestiário nas partidas em casa, contra São Paulo e contra Coritiba. Ainda assim, a sua presença dentro de campo já torna as coisas diferentes.
Aos 60 anos, Luís Carlos Melo Lopes, eternizado com a camisa 8 do Inter sob o nome de Caçapava acredita em um time até mesmo mais aguerrido, com a volta do capitão em seu fardamento vermelho.
- D'Alessandro demonstra aquela vontade de ganhar o tempo todo, se entrega de corpo e alma, fazendo com que o torcedor acompanhe o time também. É aquela raça, ainda mais em jogos importantes. E esse contra o Santos é importante porque o Inter precisa voltar ao grupo de cima no Brasileirão - analisa Caçapava. - Ele fará com que o time não se entregue fácil nem desista da vitória - acrescenta o bicampeão brasileiro com o Inter.
Aguirre afirma que chegou a hora de jogar "como se fosse Libertadores"
Das 38 partidas oficiais do Inter em 2015, D'Alessandro participou de 17 delas ou 44,7% dos jogos no ano. Com o argentino, a equipe de Diego Aguirre somou nove vitórias, seis empates e duas derrotas. Porém, o camisa 10 esteve em nove das 10 partidas pela Libertadores, sendo poupado em boa parte do Gauchão e ainda não tendo estreado no Campeonato Brasileiro.
Embaixador da Copa América chilena, Elias Figueroa, 68 anos, salienta que o principal aspecto da retomada de D'Alessandro aos gramados será a sua ascendência sobre os demais jogadores. Ícone do Inter e capitão do time campeão dos anos 70, Figueroa crê em um meia ainda mais interessado.
- É fundamental ter um jogador com a experiência de D'Alessandro. Conheço bem esse tipo de atleta. Quando fica fora por lesão, quer retornar logo, e volta ainda mais feliz. D'Alessandro voltará feliz à equipe - comenta Figueroa. - O elenco do Inter precisa do D'Alessandro jogando. No vestiário, sempre há aqueles que são mais líderes do que os outros. Que têm maior influência sobre os demais. D'Alessandro é esse tipo de jogador e o Inter encorpará de novo com ele - concluiu o chileno.