No final da entrevista coletiva do técnico Diego Aguirre, na última terça-feira, horas antes do treinamento fechado que definiu a equipe que enfrenta o Atlético-MG, nesta qarta-feira, no Independência, um dos repórteres comentou com o uruguaio sobre o retrospecto do Inter diante de brasileiros na Libertadores. Citou Bahia, Santos, a eliminação em 2012 para o Fluminense, mas lembrou das duas vezes em que o time gaúcho eliminou o São Paulo para ser campeão da Copa Libertadores em 2006 e 2010. Aguirre sorriu, deu de ombros e brincou:
- Sabe o que isso tudo significa? Nada.
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Assim é o técnico do Inter: tranquilo, calmo, sereno. Uma pessoa que pouco se irrita, de fala pausada e que mesmo em momentos de contestação, não perde a compostura. Foi assim desde seu anúncio como novo comandante do vestiário do Inter. Na apresentação para os repórteres, aguentou as contestações do histórico negativo de estrangeiros como treinadores no Brasil. Ouviu comparações com o também uruguaio Jorge Fossatti, foi questionado sobre a demissão do compatriota por Celso Roth em meio à campanha da Libertadores de 2010. Teve de suportar a pressão interna, o nariz virado de conselheiros e pessoas de importância significativa no Beira-Rio.
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- Nunca entendi por que a primeira pergunta após o jogo era "você será demitido" - resumiu Aguirre após ser campeão gaúcho, domingo, em cima do rival Grêmio.
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Diego Aguirre não apenas deu a volta por cima como líder do vestiário como chega às oitavas de final da Libertadores com um retrospecto de respeito. O Inter não perde desde o dia 8 de março, na derrota por 1 a 0 para o Juventude, em Caxias. Desde lá, são 15 jogos invicto, com 11 vitórias e quatro empates. Diego Aguirre venceu os concorrentes diretos na fase de grupos da Libertadores. Classificou o Inter com a terceira melhor campanha da competição internacional. Conquistou o Gauchão com uma vitória maiúscula sobre o Grêmio de Felipão. Hoje, enfrenta o time de Levir Culpi, naquele que é seu maior desafio como treinador do Inter.
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- Os times brasileiros são os mais fortes. Se você pensa em ganhar a Libertadores precisa ganhar de todos. Se fosse escolher, claro que eu gostaria de jogar contra outros que não um brasileiro. Quem cometer um erro pagará caro. Será um jogo muito tático, com muita concentração - resumiu Aguirre.
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