Contra a altitude, o alto-astral. O Inter abre na noite desta quarta o confronto com o Santa Fe pelas quartas de final da Libertadores com o moral nas nuvens. Nada parece assustar. Nem os 2,6 mil metros acima do mar de Bogotá ou a panela de pressão vermelha que espera os colorados no estádio El Campín assustam.
A delegação viajou leve até a charmosa capital colombiana. Não é para menos. A aura positiva trazida pela maioridade conquistada contra o Atlético-MG ganhou reforço logo na chegada ao aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre.
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Cerca de 20 integrantes da torcida organizada Popular comandaram com surdos e cânticos de arquibancada uma festa que foi engrossando à medida que se aproximava da hora de o ônibus com os jogadores chegar. Quando ele despontou na rampa que leva ao segundo piso do Salgado Filho, sinalizadores foram acesos e deflagraram histeria do que já passava de cem colorados.
Os jogadores precisaram passar por um corredor polonês para ingressar no saguão. Foram abraçados, puxados e arrastados para selfies.
- Nossa, desmancharam meu penteado - divertia-se Valdívia, amassando a cabeleira com as mãos.
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Valdívia é o retrato do bom astral colorado. Uma torcedora interpelou o presidente Vitorio Piffero e pediu uma foto. Antes de fazer o registro, convidou o atacante para que saísse junto. Valdívia atendeu. E tirou onda com Piffero, usando o bordão que virou marca pessoal.
- Poko presidente!
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Piffero apenas lançou seu olhar sisudo. O guri se explicou rápido como é em campo:
- Poko é muito, presidente. Poko é muito.
Em time que ganha não se mexe também na área da aviação. A tripulação do voo fretado pelo Inter é a mesma que esteve com a delegação nos jogos contra Emelec, em Manta, e Universidad de Chile, em Santiago. Criou-se até intimidade da tripulação com os jogadores e os dirigentes. Ao chegar ao setor de embarque, comissários, piloto e copiloto cumprimentavam o grupo como se fossem velhos amigos.
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Como toda a tripulação é colorada, bandeiras foram estendidas no fundo da aeronave. Na hora da decolagem, quando o avião tirou as rodas do solo, um dos comissários assumiu o microfone e puxou a cantoria:
- Vamos, vamos, Inter!
Um gol, a meta para a noite
O momento mágico deixa Piffero eloquente. Sempre contido, o presidente sorria e discorria sobre os temas do clube. Pela manhã, havia recebido a notícia de que o Inter atingira 110 mil sócios em dia - havia acabado o ano com pouco menos de 100 mil.
- É impressionante o astral, o clima... Tá louco.
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É com esse otimismo que o Inter começa a decidir com o Santa Fe a vaga na semifinal. Passar pelos colombianos significa ficar a quatro partidas do tri. Mas tudo passa antes por esta noite, no El Campín.
O respeito ao Santa Fe é grande, embora nas entrelinhas leia-se que a carne de pescoço foi destrinchada contra o Atlético-MG. O plano de jogo em Bogotá passa por marcar gol. Um empate com gols já será motivo de festa.
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A aposta é de que deixar Bogotá com resultado desses deixa meio caminho andado. Todos na delegação acreditam na força do Beira-Rio superlotado na próxima quarta-feira para confirmar uma classificação.
- O melhor resultado em Bogotá é o gol. Se fizermos gol, acredito que poderemos decidir muito bem em casa - resumiu Piffero.
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