
Foi preciso ser derrotado no Gauchão para Diego Aguirre descobrir que as coisas estão erradas no Internacional. Este tipo de diagnóstico tardio não é exclusividade do treinador colorado. Acontece com a maioria dos técnicos. A história é sempre a mesma: analistas criticam o time, torcedores se rebelam e quando a casa cai, fica todo o mundo quietinho. Perdi a conta de e-mails enviados por colorados xingando e ofendendo o comentarista pelo atrevimento de ignorar os resultados e apontar falhas que, cedo ou tarde, produzem derrotas. O Inter não tem nada, está todo errado. Aguirre, finalmente, viu.
Defesa
Falta eficiência nas laterais do Inter. São duas avenidas abertas por onde os adversários deitam e rolam. Não é culpa de Diego Aguirre mas, sim, do clube. As duplas de zagueiros são medianas, quebram o galho. Mas permitir que a linha defensiva jogue em linha e distante do meio-campo, ah, isto é responsabilidade do treinador.
Meio-campo
Este é o setor caótico do Inter. A insistência com a linha de três armadores não funciona. O setor está, quase sempre, inferiorizado ao setor correspondente dos adversários. O miolo do Inter fica vazio e o centroavante quase morre de solidão no ataque. Um time, qualquer time, começa pelo meio, exatamente o que o Inter não tem.
Simplificação
Diego Aguirre deveria começar pela simplificação do time: quatro defensores, dois volantes, dois armadores e dois atacantes. Em seguida, organizar a defesa, ensaiar triangulações e aproximações. Finalmente, aproximar os setores, compactando o time. Aguirre prometeu que vai mudar o time. O primeiro passo para a cura é reconhecer a doença.
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