A partida contra o The Strongest mostrou não apenas deficiências táticas do time de Diego Aguirre. Ainda que jogadores sem o melhor ritmo de jogo e condicionamento físico, como Anderson e Nilton, tivessem às costas o peso dos 3,6 mil metros de altitude de La Paz, alguns cuidados por parte da comissão técnica ganharão destaque no decorrer dos trabalhos no Beira-Rio.
O primeiro deles é dar ritmo e sequência ao reforço trazido da Inglaterra. Anderson atuará neste domingo, contra o São Paulo, em Rio Grande. Reforçará a equipe mista do Inter, ao lado de Nilmar e Réver, que disputará a sexta rodada do Gauchão. Ficará o máximo de tempo possível em campo. Se demonstrar boas condições físicas, o armador terá assegurada vaga para o jogo de quinta-feira, contra o Universidad de Chile, no Beira-Rio, pela segunda rodada da Libertadores.
Diego Aguirre sentiu-se seguro para colocá-lo na equipe titular em La Paz, mesmo tendo sido alertado internamente de que o ex-Manchester não teria condições de atuar por uma partida inteira por ainda estar se readequando ao ritmo da preparação física no Brasil. O técnico apostou, mas Anderson não foi bem. Chegou a se sentir mal por falta de ar e deixou o campo aos 36 minutos do primeiro tempo.
- Minha intenção começando com Anderson foi ter maior posse de bola, mais domínio do meio-campo, mas não deu certo. Anderson não fez um bom jogo e não pudemos ter a bola em momento algum, não deu certo. Podemos ter três volantes, quatro volantes ou três atacantes. Isto tudo passa por um outro lado, passa pela atitude de todos - acrescentou o técnico colorado.
Em meio ao longo retorno da Bolívia, na madrugada de quarta-feira, desde La Paz a Porto Alegre, Anderson foi um dos mais abatidos pelos efeitos da altitude. Sentia dores de cabeça e esperou a chamada para a revista pré-embarque sentado sobre uma mala. Na fila do aeroporto El Alto, chegou a comentar que precisará de pelo menos dois jogos inteiros, sem ser substituído, para reaver o ritmo de jogo.
Quando chegou ao Beira-Rio, o atleta não iniciava uma partida oficial desde agosto. Estava dentro da média dos padrões de percentual de gordura do elenco, pouco menos de 10%, mas sem ritmo de jogo para começar a partida na altitude. Por causa deste quase meio ano sem atuações constantes, já era esperado que ele sentisse as condições adversas da partida contra o The Strongest. Neste domingo, em Rio Grande, o plano é que Anderson suporte ao menos 50 minutos. E que consiga se escalar para enfrentar os chilenos pela Libertadores.
Uma decisão já foi tomada pelo técnico Diego Aguirre: Anderson, atuando de volante - como na partida contra o Caxias -, jamais será visto outra vez com a camisa do Inter. O treinador reconheceu que precisava fazer este teste, afinal, o camisa 8 jogou assim no Manchester United. Mas não gostou do que viu. Quer Anderson mais à frente, como armador ou até mesmo como meia-atacante.
- Aránguiz é um jogador que pode defender e atacar. Anderson é para atuar mais à frente. Tentei colocá-lo como um jogador mais defensivo, mas ele está com alguma dificuldade. Tem de pegar ritmo de jogo. É mais ofensivo do que Aránguiz. Anderson é um jogador para atuar mais perto da área do adversário - disse Aguirre, ontem, em entrevista à Rádio Gre-Nal.
Cronologia
- Anderson foi apresentado oficialmente pelo Inter 16 dias atrás
- No dia 11, estreou no 0 a 0 com o Cruzeiro, em Gravataí. Jogou mais à frente, entrando no segundo tempo no lugar de Vitinho - quando se apresentou para cobrar um pênalti e acabou parando nas mãos do goleiro Bruno Grassi.
- No dia 14, começou a partida contra o Caxias, no Centenário, na vitória de 2 a 1, como volante, sendo substituído por Vitinho, aos 13 minutos do segundo tempo.
- No dia 17, começou a partida contra o The Strongest. Foi sacado do time aos 36 minutos do primeiro tempo, dando lugar a Vitinho.
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