Será difícil tirar Diego Forlán do Beira-Rio nesta abertura de temporada. Menos pelo Inter, que entende que a saída do atacante uruguaio aliviaria a folha de pagamento, mais pelo jogador, que não pensa em trocar de cidade cinco meses antes da Copa do Mundo. O Inter esperava mais do atacante, bem mais. Está preocupado com o custo-benefício.
LEIA MAIS NO BLOG BOLA DIVIDIDA
Forlan deseja ficar, fica até agosto, no mínimo, depois sai, talvez para o futebol dos Estados Unidos. Antes quer se dividir entre o Inter e o seu Uruguai.
Forlán se reapresentou com atraso em Porto Alegre por alegados motivos de saúde. Não há motivos para duvidar. Mas já está reintegrado ao grupo e treina com os companheiros. Acha que pode reconquistar o posto de titular.
Com Dunga era titular. Com Clemer, sentou no banco de reservas. Não gostou. O técnico insistiu em usar jogadores jovens e deixou os mais experientes no banco, como se um punhado de garotos pudesse resolver todos os problemas da equipe - como se os veteranos fossem os culpados por todos os erros. A forçada juvenilização de Clemer não deu certo, quase enviou o Inter aos infernos da Série B. Forlán não aprovou a experiência de ficar vários meses na reserva.
Forlán também não gostava de atuar ao lado de Leandro Damião, um atacante de pouco mobilidade, muito preso ao trabalho de grande área. Não era nada pessoal, só questão de jogo. O uruguaio acha que pode render mais se atuar ao lado de jogadores com mais mobilidade, assim como faz na seleção do Uruguai com Suárez e Cavani.
Forlán não sabe, vai saber logo, um das opções de ataque de Abel Braga é Rafael Moura, um jogador mais pesado do que Damião e com menos mobilidade.