O favoritismo do Inter na decisão da tarde de amanhã no Centenário, em Caxias, é inevitável: primeiro porque é o que sempre se faz, antecipar um decisão. É também o resultado de uma comparação dos recursos disponíveis por Juventude e Inter, absolutamente desiguais, e o histórico desse jogo, decisivo ou não, favorece muito o Inter. Razões do favoritismo.
Mas como já se sabe, trata-se apenas de um jogo, limitado no tempo, no espaço, nas circunstâncias e até mesmo nas surpresas. Todas essas circunstâncias podem seguir a quase lógica desse favoritismo anunciado, mas é bem mais provável que elas sejam anuladas pelos fatos do jogo. Os azares favorecem geralmente quem não precisa muito deles.
O Inter precisa jogar tudo o que não jogou contra o Santas Cruz, quando não teve ânimo, iniciativa, jogadas e apenas soube se preservar. Dunga está colocando em campo na tarde de domingo o seu time mais perto daquele que ela imagina que deverá ter com a volta de Josimar. Mas não deve trocar passes entre seus zagueiros e os primeiros do meio campo. Sumiu a velocidade de todos.
Lisca tem boa e bem sucedida experiência na armação de um time de cautela e surpresa. É de justiça que esteja decidindo o campeonato das duas taças, a Farroupilha e a Piratini, dependendo só do jogo de amanhã - se ganha joga mais duas vezes contra o Inter. Já é um título.