Dorival Júnior declarava desde o início do ano que a Taça Piratini teria uma importância muito grande para o time do Inter. Vencendo o primeiro turno do Gauchão, seus comandados poderiam ficar mais focados na Libertadores e, com a vaga na final garantida, administrar a Taça Farroupilha. Com a derrota e eliminação para o Grêmio, tudo mudou no Beira-Rio.
Os treinos desta sexta-feira intensificaram a preparação física e fundamentos como a troca de passe e a pressão em campo reduzido foram aprimorados. Esta parada forçada será decisiva para as pretensões coloradas no primeiro semestre. Segundo o argentino Mario Bolatti, serão 10 dias de trabalho duro, uma espécie de intertemporada. E serão nestes dias que o Inter poderá recuperar aquilo que não conseguiu fazer na pré-temporada em Canela devido ao acúmulo de jogos logo no início do ano.
- Acho que vamos aproveitar estes dias, não é o melhor, queríamos jogar e chegar à final. Temos de 10 dias para melhorar fisicamente e tecnicamente. Serão dias duros - resumiu o volante.
Com a obrigação de vencer a Taça Farroupilha para buscar a vaga na final do Gauchão, acabaram as mesclas entre titulares, reservas e time sub-23. Bolatti, apesar de destacar a qualidade do grupo que está no Beira-Rio, sabe que o mês de março será duro e a pressão será constante em cima dos atletas e comissão técnica.
- Talvez fosse melhor conseguir o primeiro turno. Mas o Inter tem um grupo grande, temos jogadores capacitados para jogar Libertadores e Gauchão, temos jogadores para enfrentar os dois torneios. Ano passado perdemos o primeiro turno e ganhamos o campeonato. Temos de pensar jogo a jogo, pouco a pouco, e ir vendo o que acontece. Primeiro, o Ypiranga. Depois, Libertadores - projetou o argentino.
- É difícil definir uma coisa para evoluir e melhorar. Temos de observar jogo a jogo e ir corrigindo os erros jogo a jogo. Taticamente temos de melhorar, mas também temos de trabalhar duro, perder faz parte do jogo e temos de ser profissionais e um grande grupo também na derrota - concluiu.