Enquanto os companheiros de Grêmio disputam a Copa São Paulo de Futebol Júnior, o volante Ronald Falkoski prepara as malas para viajar à Colômbia. O jovem de 19 anos, natural de Santo Antônio da Patrulha, é o único jogador gaúcho convocado pela seleção brasileira sub-20 que disputará o Campeonato Sul-Americano da categoria.
— É um orgulho enorme, não só para mim como para a minha família. Desde os 7 anos, estou neste mundo do futebol. Chegar no sub-20 da seleção, representando meu Estado, é um orgulho enorme — comentou em entrevista a GZH.
O atleta gremista tem treinado na Granja Comary, em Teresópolis, no Rio de Janeiro, desde o dia 5 de janeiro. Da lista original, o técnico Ramon Menezes não pôde contar com três jogadores mais conhecidos: os atacantes Marcos Leonardo e Ângelo, do Santos, e Endrick, do Palmeiras, dispensados a pedido de seus clubes. Mesmo sem o trio, a equipe tentará interromper um jejum incômodo.
O Brasil ficou ausente das duas edições do Mundial Sub-20. Além de valer taça e medalhas, a competição continental rende quatro vagas ao Mundial Sub-20, que neste ano será sediado na Indonésia, entre maio e junho. A última participação brasileira ocorreu em 2015, na geração que tinha Gabigol, Gerson e Malcom, entre outros.
— A primeira coisa que conversaram com a gente aqui (na Granja Comary) foi sobre este dado de que faz tempo que a seleção não vai para o Mundial. Estamos bem cientes e focados em devolver a grandeza à seleção de base. Sabemos que o Sul-Americano é muito importante, vamos para vencer e, consequentemente, conseguirmos a vaga que seria uma retomada para o futebol brasileiro, que também vem de derrotas em Copas do Mundo. Isso também pesa muito para a gente, mas estamos focados — avaliou Ronald.
Apesar da convocação, Ronald ainda vive uma incerteza sobre seu futuro. Vinculado ao Grêmio até 2025, ele fazia parte do time de transição que, no final do ano passado, foi extinto.
— O clube me deu um suporte para trabalhar, me preparar, mas também procurei outras opções fora para chegar aqui (na seleção) bem fisicamente e tecnicamente. É o processo que o jogador precisa ter para chegar da melhor forma possível para representar o seu país. Ainda não me comunicaram nada. Me passaram que vão esperar passar o Sul-Americano para decidir o que vão fazer, onde eu vou ficar. Então, estou no aguardo. Minha esperança, lógico, é jogar no Grêmio e cada vez subir um degrau a mais. Tenho paciência e deixo isso na mão do Grêmio, que tem pessoas capacitadas e sabem o momento certo de me usar e me colocar para jogar — concluiu ele.