O Grêmio terá pela frente, nesta terça-feira (18), um adversário forte defensivamente e com problemas no ataque. É assim, ao menos, que a imprensa local define o time do Brusque, que receberá pela primeira vez na história o Tricolor em sua casa.
Com lotação máxima no Estádio Augusto Bauer, que tem capacidade para 4,5 mil pessoas, o Brusque espera melhorar o retrospecto em casa. Com apenas quatro vitórias em oito jogos, um empate já seria comemorado diante de um clube do G-4 da Série B.
— A expectativa geral aqui, levando em conta os momentos das duas equipes, é tentar pontuar. Vencer seria um ganho enorme no moral do time e um alívio nas pressões sobre o técnico Luan Carlos — destaca João Vítor Roberge, repórter do jornal O Município, de Brusque.
No primeiro turno, o time catarinense perdeu para as outras três equipes que estão no G-4 da Série B: levou 1 a 0 do Cruzeiro e 2 a 0 do Vasco e do Bahia — este último, em casa. Contra o Grêmio, a tendência é de que seja mantida a mesma escalação que empatou com o CRB na rodada passada.
O provável time tem Jordan; Pará, Wallace, Everton Alemão e Airton; Rodolfo, Zé Mateus, Balotelli e Álvaro; Fernandinho e Crislan.
De acordo com a imprensa local, a principal virtude do Brusque está na defesa. As presenças dos experientes Walace, zagueiro e capitão do time, e Pará, lateral-direito, ambos ex-jogadores do Grêmio, deram força ao setor.
Mas o principal jogador da equipe é o atacante Fernandinho, que costuma atuar aberto pela esquerda. Veloz e com boa capacidade de drible, saem dos pés dele as melhores jogadas do time catarinense.
— O maior perigo sempre é a jogada individual do Fernandinho. Ele foi destaque no título estadual, mas machucou o joelho e ficou um tempo fora. Mas voltou há pouco e tem jogado bem. É um atacante de beirada, que costuma jogar pela esquerda, muito agudo, que parte para cima. É a melhor opção ofensiva do time — ressalta o jornalista Rodrigo Santos, da TV Brusque.
Mas se Fernandinho é a principal arma ofensiva, o ataque como um todo é o grande problema do time. Com apenas 13 gols em 18 jogos, o Brusque tem dificuldade na criação e também no acabamento das jogadas.
— A criação e a finalização do time são preocupantes, os principais pontos que deixam a desejar hoje. São só 13 gols marcados, sendo que foram marcados por 11 jogadores diferentes, incluindo um gol contra — lembra João Vítor Roberge.
A equipe costuma atuar no 4-3-1-2, com uma linha de quatro na defesa e três volantes à frente. Mesmo assim, com um time defensivo no papel, o Brusque gosta de ter a posse de bola — é o quinto com a maior média de posse de bola por jogo, com 51,55%, superior ao Grêmio, que tem média de 49,89%.
Além disso, é um time que comete poucas faltas, com um total de 237, média de apenas 13,17 por jogo. E, por jogar muito pelos lados, é a equipe com mais escanteios a favor na Série B — foram 73, média de quatro por partida.
Embora a campanha tenho deixado a desejar, receber o Grêmio pela primeira vez na cidade mobilizou a população local, que rapidamente esgotou os ingressos disponíveis. Conforme os jornalistas locais, a partida será a segunda com maior interesse da torcida no campeonato, atrás somente do confronto com o Vasco.
— É o segundo jogo em mobilização. O primeiro será contra o Vasco, sem dúvida, porque há muitos torcedores aqui. Mas é jogo grande, então se fala muito sobre a partida aqui. Como a cidade fica perto de Itajaí, Camboriú, Blumenau, que têm muitos gremistas também, terá um grande público. O consulado do Grêmio aqui é muito forte — conta Rodrigo Santos.
Portanto, contra um Brusque irregular, o Grêmio tentará manter a sua regularidade e pontuar em Santa Catarina. Mas para fazer a felicidade dos mais de 1,5 mil gremistas que estarão no Estádio Augusto Bauer, a equipe tentará a segunda vitória fora de casa na competição e, quem sabe, assumir a vice-liderança da Série B.