Inicialmente, por uma questão de justiça, tenho de afirmar que a vitória colorada ocorreu sem nenhum reparo. Foi efetivo e aproveitou a chance que teve de marcar. Logo, parabéns ao Inter. De outra parte, quero dizer que entendo perfeitamente a atitude do jogador Patrick, no fim do jogo, ao comemorar a vitória.
Intimamente, ele devia estar carregando um peso enorme em seus ombros, que justifica o excesso cometido. Afinal, este rapaz jogou até agora 17 clássicos Gre-Nal e venceu somente dois. Isso é uma marca que fica no currículo de qualquer atleta.
Na partida, sob a minha ótica, o melhor jogador em campo foi Marcelo Lomba, que salvou sua equipe de sofrer três ou quatro gols, com defesas milagrosas. Ele estava ali para isso, é verdade. Reconhecendo sua atuação, fiquei perplexo com a quantidade de pessoas que saíram do armário, travestidos de isentos. Falsos isentos, é lógico.
O jogo foi parelho. E, pelo pouco que entendo de futebol, o diferencial em favor do Inter foi que eles jogaram com cinco no meio-campo, e o Grêmio, com três. No gol do Inter, o atleta conduziu a bola, sem a menor marcação, de sua própria área até a proximidade da área gremista. O meio estava vazio. E ainda contaram com a falha do lateral-direito tricolor.
Apesar desta dificuldade, o time gremista se esgotou fisicamente, tentando suprir o vazio do meio-campo. Mas não tenho dúvida de que o gol foi aleatório, perto dos gols que o Grêmio deixou de fazer.