Não bastasse o peso de ser a contratação mais cara na história do Grêmio, cerca de R$ 21 milhões, Jaminton Campaz terá em Porto Alegre a responsabilidade de vestir a camisa 7. O número foi imortalizado no clube por figuras como Tarciso, no título brasileiro de 1981, Renato Portaluppi, Paulo Nunes e Luan, estes nas três conquistas da Libertadores.
Os últimos dois a usarem a 7 na Arena, além de títulos pelo Tricolor, ganharam também o ouro olímpico com a Seleção Brasileira. Casos de Luan e Matheus Henrique, que despediu-se do time gaúcho neste mês para defender o Sassuolo, da Itália.
GZH relembra os cinco últimos camisa 7 do Grêmio. Confira:
Vinicius Pacheco (2011)
Foram apenas 14 jogos antes de ser negociado ao Estrela Vermelha, da Sérvia. Ele assumiu o número antes da Libertadores de 2011, quando o antigo dono, Jonas, trocou o Grêmio pelo futebol espanhol. Jonas, aliás, foi artilheiro do Campeonato Brasileiro de 2010 vestindo a número 7.
Embora curta, a passagem de Vinicius Pacheco pelo Estádio Olímpico ficou marcada pelos dois gols que ele marcou contra o Liverpool-URU na fase preliminar da Libertadores. Depois de o Grêmio sair perdendo para os uruguaios no jogo de volta, ele deixou o banco de reservas e comandou a virada que terminou com a classificação gremista. Após a vitória, Renato comentou a relação com o número.
— A camisa 7 é diferente. Ela pesa bastante. Tem história. Quando o Jonas saiu, o Vinicius Pacheco chegou, eu disse "dá a 7 para ele. Dá a 7 que vai dar sorte". Esse número 7 sempre deu muita sorte ao Grêmio — disse.
Elano (2012 e 2013)
Em 2012, a camisa 7 voltou a vestir um nome de peso. Campeão da Libertadores do ano anterior pelo Santos e titular da Seleção Brasileira na Copa de 2010, Elano foi apresentado como pompa de grande reforço na metade da temporada. Na apresentação, mostrou conhecimento sobre a história do clube.
— Conheço a história desse clube, e é um privilégio estar aqui. Posso escalar de cabeça o time bicampeão da Libertadores, por exemplo. E jogar com a camisa 7, com a qual Renato fez os gols do título mundial, é uma honra — afirmou.
Ele foi o último atleta tricolor a usar a 7 no Olímpico. Entre 2012 e 2013, foram 69 partidas e 15 gols pelo Grêmio.
Dudu (2014)
Antes de tornar-se ídolo do Palmeiras e um dos principais atletas do país, Dudu fez sucesso no Grêmio. Revelado pelo Cruzeiro e vendido ao Dínamo de Kiev, ele chegou a Porto Alegre em 2014, sem grande badalação. Fez uma única temporada na Arena, com 55 jogos e oito gols marcados, e foi um dos destaques daquela equipe treinada por Enderson Moreira e, depois, por Felipão.
Terminou o ano valorizado, disputado por Corinthians e São Paulo. No fim, o Palmeiras deu um balão nos dois rivais e assinou com o atacante graças a parceria que começava a estabelecer com o patrocinador que mantém o clube até hoje.
Luan (2015 a 2019)
Sem dúvida, o 7 mais marcante na história recente do Grêmio. Revelado em 2014, assumiu a camisa histórica no ano seguinte. E brilhou muito com ela, sendo um dos principais jogadores no penta da Copa do Brasil, em 2016, e o melhor jogador da Libertadores de 2017. Por isso, recebeu no ano seguinte a honraria de Rei da América do jornal uruguaio El País.
Além dos títulos, Luan foi decisivo em clássicos Gre-Nais, com seis gols sobre o maior rival. Antes de trocar o Grêmio pelo Corinthians, disputou 293 partidas, marcou 70 gols e deu 60 assistências com a camisa gremista.
Matheus Henrique (2020 e 2021)
Com a saída de Luan, o volante Matheus Henrique trocou o número 14 pelo 7. Ele usou a numeração até ser vendido para o Sassuolo, no início de agosto deste ano. Com a camisa, disputou 75 partidas e marcou seis gols.
Também foi convocado para a seleção olímpica e conquistou a medalha de ouro nos Jogos de Tóquio, repetindo feito do seu antecessor, que subiu ao pódio na Rio 2016. Além disso, comemorou dois títulos do Gauchão.