Contratado em agosto pelo Grêmio, o meia Robinho assinou um contrato de sete meses, com cláusulas de produtividade, a exemplo do que ocorreu com Thiago Neves, em janeiro. Se o camisa 18 disputar um número determinado de partidas, terá o seu contrato automaticamente prorrogado por mais um ano. Caso contrário, ficará livre em fevereiro.
— O Robinho sabe perfeitamente que passa por um processo de recuperação. Ele terá um contrato de sete meses, até fevereiro, mas com uma série de cláusulas que lhe darão o conforto de seguir no clube desde que ele atenda as metas. O contrato é interessante para o jogador porque, se ele tiver sucesso, vai ter vida longa conosco — explicou o presidente Romildo Bolzan Júnior, no dia 11 de agosto, quando o atleta foi anunciado.
As cláusulas não são reveladas pelo Grêmio. Conforme apurado por GZH, a renovação automática será efetuada se Robinho participar de um número determinado de partidas, seja como titular, seja ingressando como substituto. Até agora, o meia já disputou 15 jogos.
Existe, contudo, uma diferença importante em relação a Thiago Neves. Hoje no Sport, o experiente atleta de 35 anos teria o seu contrato automaticamente prorrogado até dezembro de 2021 se fosse relacionado para 20 partidas, independentemente se fosse utilizado pelo técnico Renato Portaluppi. Para Robinho, só contam os jogos em que ele efetivamente entrar em campo.
Aos 32 anos, Robinho entrou em litígio com o Cruzeiro e, ao obter a sua liberação na Justiça, assinou o contrato com o Grêmio. O atleta chegou com o aval de Renato e, diante dos problemas físicos de Jean Pyerre, vem sendo frequentemente utilizado na equipe titular.
Já Thiago Neves chegou em janeiro, também após rescindir com o Cruzeiro. Contestado pela torcida, disputou 14 jogos, até a direção rescindir o seu contrato, impedindo que a cláusula de renovação automática fosse exercida. A quebra do vínculo custou ao Tricolor a quantia de R$ 3,4 milhões.