Isaque foi um dos nomes do Gre-Nal 426. O meia-atacante entrou no segundo tempo do clássico e marcou um dos gols da vitória sobre o Inter por 2 a 0 na Arena. Aos 23 anos, o paulista tem 11 jogos com a camisa do Grêmio e marcou o seu terceiro gol. Mas este, sem dúvidas, foi o mais importante da sua carreira.
– O gol foi melhor do que a encomenda. Estou muito feliz pela oportunidade. Eu só posso agradecer a Deus e ao Grêmio por me proporcionar este momento – disse o jogador em entrevista ao programa Show dos Esportes, que revelou as orientações de Renato Portaluppi ao deixar o banco de reservas:
– Ele me deixou bem à vontade. Ele queria que eu preenchesse o meio na marcação, era um momento que o Inter estava atacando mais. Na frente, ele me deu total liberdade para eu fazer jogadas individuais. Ele me cobrou para eu chegar na área. Ele cobra todos os meias. Por coincidência, a bola sobrou ali na área e eu acabei fazendo o gol.
Após o gol marcado, uma situação atípica. Orejuela e Patrick começaram a brigar no meio de campo e uma confusão acabou tomando conta da comemoração do gol do garoto, que admite não ter entendido muito bem no momento do ocorrido.
– Eu tava vendo hoje o VT e achei engraçado. A gente é contra todo tipo de briga, mas é engraçado. Eu estava comemorando e voltando para o campo de cabeça baixa. Eu tinha acabado de fazer o gol e passa mil coisas na cabeça. Eu levanto e tem a briga rolando e eu vou para a frente do nosso banco e não tinha ninguém lá. Eu lembro que peguei uma água, mas eu não entendi nada. É triste ver cenas assim em um jogo tão bom – lamentou.
Isaque fez a sua estreia pelo time principal em 2018. No entanto, "subiu e desceu" do elenco profissional e figurou de lá para cá muito mais no time de transição, que hoje é comandado por Thiago Gomes.
– Tem que ter muita paciência no futebol e comigo não foi diferente. Eu cheguei em 2017, joguei o Brasileirão sub-20 e no final do ano chamaram quem teve destaque para a transição. Desde então, eu estava lá. Subiram comigo o Matheus Henrique, o Jean Pyerre e o Pepê. Eles acabaram indo para o profissional e eu fiquei na transição, mas eu sempre acabava treinando com eles. Eu ficava nessa, vai ou não vai. No ano passado consegui me firmar mais e desde então eu começo a tentar aproveitar ao máximo as minhas chances – destacou.
Meia de origem, o jogador afirma estar pronto para jogar em qualquer uma das posições ofensivas. De acordo com ele, o posicionamento ideal é no miolo do meio de campo, onde hoje atua Jean Pyerre, mas ele já jogou e pode atuar nas demais posições.
– Eu sou meia e fui formado na base assim. No time de transição do Grêmio, eu tive dois técnicos que me usaram como falso nove. Eu fui bem em 2018 no Gauchão, fiz gol. Contra o Goiás, no ano passado também fiz gol. Eu tenho uma preferência de jogar no meio, mas eu estou aqui para ajudar. Jogar de nove me ajudou muito, de ficar perto da área, pisando na área. Eu gosto de fazer gol. Eu prefiro jogar no meio, mas se tiver que jogar de nove ou beirada, eu quero ajudar – ressaltou.