Apesar de dizer que sente falta dos campos e da vida de jogador, o ex-meia Rodrigo Fabri garante que está confortável e aproveitando a família em uma fase mais tranquila, como assim define. Aos 44 anos, o ídolo da Portuguesa vice-campeã brasileira de 1996 e artilheiro do Brasileirão de 2002 com o Grêmio, vive em Santo André, no interior paulista, cidade natal. Neste período de pandemia, alterna entre cuidados com a família e com as propriedades no Mato Grosso do Sul.
— Minha vida está muito confortável. Viver com a família, conviver com minhas filhas. Quando o atleta profissional joga fica meses fora, viajando ou concentrando. Você não participava da rotina dos familiares. Hoje está muito gostoso, estou podendo fazer meus negócios e ter tempo para a família — conta, admitindo saudade dos amigos do futebol e de entrar em campo ao som dos gritos da torcida.
Ele relembra sua chegada ao Grêmio, em 2002, um “time bem comandado por Tite”, segundo Fabri. Depois de ganhar a Copa do Brasil pela quarta vez, em 2001, o elenco do Tricolor recebeu bem o canhoto. O ex-meia foi vilão por perder o pênalti contra o depois campeão Olímpia na semi-final da Libertadores daquele ano, mas encerrou a passagem como herói, foi artilheiro do Grêmio no Brasileirão.
Rodrigo Fabri chegou ao Grêmio depois de ser revelação na Portuguesa e ser comprado pelo Real Madrid em 1997. Assinou um contrato de cinco anos com o time espanhol, porém nunca entrou em campo com a camisa da equipe. Passou por empréstimo por cinco times. A temporada no Tricolor é recordada com carinho.
— Foi um dos melhores momentos. Individualmente falando, foi maravilhosa. Realmente caí num momento que o time era muito bom, com o comando maravilhoso do Tite. Eu soube aproveitar o momento, estava em fase inspirada — relembra.
Eliminado também na semifinal da competição para o campeão Santos, o camisa 23 ajudou o clube a voltar para a Libertadores no ano seguinte, mesmo que ele não estivesse mais no Olímpico em 2003.
— Chegando no Atlético de Madrid encontrei dificuldades porque só havia eu de brasileiro na época, e um grupo com sete argentinos e três uruguaios que se fechavam muito — revela, ao relembrar parte da carreira, e do orgulho em ter sido protagonista da histórica campanha da Portuguesa no Brasileirão de 1996, quando foi vice, perdendo a final para o Grêmio:
— Sou bem realizado profissionalmente.