O ano de 2019 terminou com a base do Grêmio levantando a taça da Copa Ipiranga sub-20. A competição, que mudou de nome recentemente, nos primeiros anos de disputa era considerada o Brasileirão da categoria. Em 2008 e 2009, o Tricolor sagrou-se bicampeão e encheu o torcedor de esperança com as revelações de jovens talentos para o time principal.
Do primeiro time campeão, em dezembro de 2008, treinado à época por Julinho Camargo, você lembra quantos jogadores vingaram e se deram bem na carreira de atleta profissional? GaúchaZH relembra os nomes da conquista que vai completar 12 anos em breve.
A verdade é que nenhum deles chegou a brilhar no profissional do clube. Poucos tiveram chances. Muitos tiveram que tentar a sorte fora de Porto Alegre, e houve quem tenha pendurado as chuteiras prematuramente.
Confira
Fernando Júnior (goleiro)
Não teve chance no time principal. Saiu do Grêmio em 2010 e perambulou pelo CFZ (RJ), Ferroviário (CE), Moto Club (MA), Icasa (CE), Boa Esporte (MG), Pelotas, Passo Fundo e Benfica, da Angola. Em 2019, jogou no FC Cascavel (PR).
Lucas (lateral-direito)
Da base do Grêmio, passou pelo Universidade, de Canoas, e dois times do futebol uruguaio: River Plate e Rampla Juniors. Jogou duas temporadas ainda no Novo Hamburgo e largou o futebol em 2014, depois de atuar no Juventus, de Jaraguá do Sul (SC).
Wagner (zagueiro)
Não teve chances no time profissional e firmou-se no São José de Porto Alegre. Atuou ainda por São Caetano, Portuguesa, Sampaio Corrêa e até três times da Itália: Modena, Cosenza e Benevento. Em 2017, enfrentou um câncer (linfoma de hodgkin) e teve diagnóstico de cura em janeiro de 2018.
Jean (zagueiro)
Deixou o Grêmio em 2009 e firmou-se na Serra, atuando no Brasil de Farroupilha e no Caxias, onde permanece atualmente, chegando a 10 temporadas, com curtas saídas para o Brasil de Pelotas e para o Operário, de Ponta Grossa.
Marçal (lateral-esquerdo)
Fez carreira fora do Brasil. Sem aproveitamento no Grêmio em 2009, foi para o Americana (SP) e para o Guaratinguetá (SP). No ano seguinte, estreou pelo Torreense, de Portugal, passando ainda por Nacional da Ilha da Madeira e chegando ao Benfica em 2015. Acabou emprestado ao Gaziantespor (Turquia), Guingamp (França) e está no Lyon desde 2017.
Paulinho (volante)
Da base do Grêmio, tentou a sorte no Vasco e não se deu bem. Foi para o futebol japonês em 2010 e permanece lá até hoje. Seu clube atual é o Fagiano Okayama, da segunda divisão nacional.
Bruno Renan (volante)
Após o título, ficou ainda por dois anos no Grêmio, mas não emplacou. Acabou vendido como jóia para o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, onde ficou até 2013. Voltou para o Brasil e jogou em Criciúma, Pelotas, Maringá, América-RN e Rio Branco, de Paranaguá. Recentemente, estava no 3 de Febrero, do Paraguai.
Dhiego (meia)
Carreira sempre no interior do país, após deixar o Grêmio em 2010. Passou por Crac-GO, Pelotas, Osasco-SP, Juventude e Guarany de Bagé.
Mithyuê (meia)
Foi eleito craque da competição, com direito a gol na decisão. Surgiu no futsal do Joinville e chegou ao Grêmio em 2007. Depois da base, não se afirmou no profissional e acabou circulando por Athletico-PR, Pelotas, Juventude e CSA. Em 2014, decidiu voltar ao futsal. Se destacou na ACBF, de Carlos Barbosa, ganhando três Libertadores, uma Supercopa e uma Liga Gaúcha. Aos 30 anos, está atualmente no time de futsal do Zhuhai Ming Shi, na China.
Rafael Paraíba (atacante)
Virou Rafael Pilões depois que deixou o Grêmio. Atuou por mais de 10 times do interior gaúcho e até no Osaka, do Japão. Em 2019, estava no Paracatu, do Distrito Federal.
Rafael Martins (atacante)
Da base gremista, foi direto para o Zaragoza B, da Espanha. Depois de 28 jogos e 15 gols, retornou ao Brasil e peregrinou por Osasco, ABC-RN e Barueri. O sonho da Europa recomeçou em 2013, pelo Vitória de Setúbal (Portugal). Mas o grande momento foi no Moreirense, na temporada 2015/2016. Atualmente, está no futebol chinês.
Também integravam o grupo:
Bruno Collaço (lateral esquerdo)
Foi o que acabou tendo mais chances no time principal do Grêmio. Entre 2009 e 2012, chegou a jogar 56 partidas. Mas nunca caiu nas graças da torcida. Jogou depois disso em Goiás, Náutico, Chapecoense, Joinville, Sochaux (França). Atualmente, defende as cores do Paysandu.
Roberson (atacante)
Era titular do time na fase classificatória, mas se machucou nas quartas de final e ficou fora da decisão. Foi outro que ganhou chances eventuais no time profissional até 2011. Desde então, rodou por Juventude, Sport, Avaí, MC Alger (Argélia), Jeju United (Coreia do Sul), Red Bull Bragantino, Inter e atualmente joga pelo Cruzeiro, de Belo Horizonte.
Wésley (atacante)
Sem aproveitamento no time profissional, circulou a partir de 2012 pelo interior gaúcho, paulista e paranaense. Esteve no América-MG em 2018, Paysandu no ano seguinte e atualmente joga no Brasil-Pel.