O lateral Bruno Cortez está mostrando, em sete meses no Grêmio, ter recuperado parte do futebol que o levou à Seleção em 2011. Após despontar como um meteoro no Botafogo, o jogador de 30 anos viveu altos e baixos antes de chegar à Arena, onde se reabilitou com Renato. Amanhã, contra o Flamengo, no Rio, terá a chance de comprovar, em sua cidade natal, que está em boa fase.
No início do ano, Cortez veio do futebol japonês na condição de aposta pessoal do treinador. À época, Marcelo Oliveira ainda era titular absoluto, até por recém ter conquistado a Copa do Brasil e pela liderança que representa no vestiário.
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Mas, entre os torcedores, reinava certa ansiedade por ver o desempenho de Cortez em seu lugar. Só que Oliveira não dava oportunidades, tanto que atuou em todo o Gauchão e nos primeiros jogos da fase de grupos da Libertadores.
Mas aí veio o Brasileirão e, já na estreia contra o Botafogo, o titular sofreu uma luxação no ombro direito que o afastou por um mês do time. Surgiu, então, a chance que Cortez tanto aguardava.
O primeiro jogo em que o lateral iniciou foi a estreia gremista nas oitavas da Copa do Brasil, contra o Fluminense. Sua atuação na vitória por 3 a 1 na Arena foi digna de nota sete na avaliação de ZH, com destaque para sua presença ofensiva no apoio pelos lados. Seu grande momento foi na partida contra o Bahia, pelo Brasileirão, em que marcou o gol da vitória por 1 a 0 em casa.
– Estou mais experiente, mais maduro, aprendi muitas coisas. Desde que cheguei, Renato me deu total liberdade – disse Cortez à época.
O incentivo do treinador também foi fundamental para que em 2013 o lateral-esquerdo Wendell pudesse despontar no Grêmio que foi vice-campeão brasileiro naquela temporada. Vendido ao Bayer Leverkusen, da Alemanha, no ano seguinte, o jogador faz questão de acompanhar as partidas do ex-clube pela internet. E entende que a recuperação de Cortez se deve a Renato.
– Ele está à vontade, com muita confiança. Quando o Renato me colocava no time, passava tranquilidade para jogar com alegria. É isso que ele está fazendo com o Cortez – observa Wendell, que também compara os estilos dos laterais:
– Também assisti a jogos do Grêmio com o Marcelo e ele foi muito bem. As características dele são diferentes, ele é mais defensivo e só vai na boa para o ataque. Já o Cortez vai mais para frente, chega para resolver.
Outro lateral-esquerdo de sucesso recente no Grêmio, principalmente em sua passagem pelo clube em 2007, quando foi vice-campeão da Libertadores, mas que também atuou com Renato como meia em 2010 e 2011 foi Lúcio. Hoje com 38 anos, ainda sem se aposentar, entende que Cortez ainda está "travado".
– Se comparar com aquele Cortez do Botafogo, que fazia ótimas jogadas, hoje ele fica no meio do caminho, não define se vai agredir. Ele precisa ser mais objetivo. Hoje ele vive um momento melhor, tem mais leque de opções do que o Marcelo. Mas, em termos de marcação, o Marcelo é melhor – entende Lúcio.
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