Os retornos de Maicon e Edilson, que já entraram no decorrer do jogo contra o Vasco, no domingo, pelo Brasileirão, além de Bolaños, que já está treinando e pode ser relacionado para o jogo contra a Chapecoense, trarão aquele bom problema para Renato resolver. Teremos boa parte do grupo disponível, com exceção de Douglas, cujo retorno ainda está longe de acontecer, e Marcelo Oliveira, afastado por lesão, mas que retornará mais brevemente do que nosso maestro pifador.
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Como a fase é boa, acho que é hora de cautela em avaliações precipitadas, que envolvem, principalmente, Michel no lugar de Maicon. Michel chegou ao clube com certa desconfiança, o que não é novidade, aliás. Leo Moura também chegou assim, a torcida do Grêmio tem um certo problema com jogadores que não são de lotar aeroporto. Para os torcedores, é 8 ou 80, como bons gaúchos: ou o cara é fenômeno ou não presta, é dinheiro jogado fora.
Mesmo que Michel venha de boas partidas, e que ele tenha mostrado boa performance no Atlético-GO, seu time anterior, ele se beneficia de um fenômeno que ajuda outros jogadores, como Luan: o time engrenou, está encaixado, a engrenagem funciona bem, o que beneficia que jogadores razoáveis, como Michel, jogue bem. Luan, que é diferenciado, também se beneficia deste fenômeno. É só lembrarmos a dificuldade que ele tinha para jogar bem, fazer a diferença, quando o time estava em dificuldades. E isso já aconteceu várias vezes...
Então, assim como na fase ruim, também é necessário uma avaliação mais calma na hora que a fase está boa. A discussão sobre Marcelo Oliveira x Cortez, por exemplo, eu até acho válida, já que Oliveira falha demais e Cortez tem mais qualidade no apoio. Mesmo assim, é importante ter os dois no clube, são jogadores interessantes para grupo, promovendo um revezamento.
Já entre Maicon e Michel, acredito que ainda não tenha comparação. A saída de bola e o passe de Maicon são diferenciados. E não podemos esquecer que ainda não pegamos nenhum dos times mais fortes do país, algo que deve pesar na avaliação. Mesmo com as dúvidas, e até com opiniões divergentes, que são da vida e da democracia, é fato que Renato tem um excelente problema para resolver.