Romildo Bolzan acertou. Tirou o grupo gremista da zona de conforto. Fez a cobrança pública que o torcedor esperava. Se mantiver o futebol cururu e a prepotência para reconhecer e corrigir erros, o Grêmio roda na Copa do Brasil e larga patinando no Brasileirão.
No gauchês clássico, o presidente chamou na chincha Renato e companhia. Em maio de 2017, técnico e elenco não viraram a página do maravilhoso penta da Copa do Brasil. Foi lindo, mas a vida continua. E o time vem regredindo.
Romildo foi direto e certeiro ao cobrar regularidade. O alerta sobre a importância de maio foi cirúrgico. As chances de sucesso na temporada se desenham agora. O mês reserva as três primeiras rodadas da Série A (Botafogo, Atlético-PR e Sport), as oitavas da Copa do Brasil e a última partida da fase de grupos da Libertadores. Hora de falar pouco e jogar muito.
Na Libertadores, confio na classificação com vitória na Arena sobre o Zamora. Só não se pode engolir a vaga como símbolo do bom trabalho no ano. O grupo é fraco, passar em primeiro é obrigação.
Na Copa do Brasil, o calo aperta. Sem reencontrar o futebol e o espírito vencedor do final de 2016, o Grêmio não passa pelo Fluminense, que encorpou com Abel Braga e bons reforços. O Flu perdeu o título estadual para o forte Flamengo, mas tem jogado mais do que o Imortal. Serão dois confrontos peleados. Vejo os cariocas como favoritos.
No Brasileirão, são três jogos, dois fora de casa. É início de conversa. Em geral, quem larga mal adota o discurso de calma. Meu receio é ficar para trás de saída, vendo os candidatos ao título se distanciarem, enquanto permanece a postura do está-tudo-bem. Até agora, não está bem.
O Grêmio tem nota cinco, seis em 2017. Pode render mais. Vamos torcer e cobrar.