Se considerarmos que sol e chuva são realmente opostos, sem escolhermos o que é bom ou ruim, porque ambos têm sua utilidade, podemos afirmar que o jogo do Grêmio pela Libertadores teve os dois tempos com climas inteiramente diferentes.
Aliás, isso foi visto por todas as pessoas. A atuação da primeira etapa foi primorosa, tanto coletiva quanto individualmente, tanto em intensidade quanto da medida do ritmo de jogo. Luan e Kannemann foram destaques individuais, mas não houve um atleta sequer que tenha jogado mal.
O placar de 3 a 0 foi até injusto pela produção gremista. Era um jogo ganho. Mas a segunda etapa trouxe uma alteração radical na atuação gremista e também na atividade do Iquique. O time chileno foi mais ousado, mas ousadia que jamais poderia colocar em risco a superioridade e a vitória tricolor.
Chegou a hora do sufoco, inacreditavelmente. E atribuo mais à queda de produção gremista do que propriamente ao crescimento do Iquique. E o sofrimento veio. Nada mais dava certo. Houve o chamado "nana, nenê", dito pelo próprio Renato, que deu um puxão de orelha nos atletas.
Lição do susto
Felizmente, o Grêmio manteve a vitória e somou mais três pontos. O susto deve servir de lição e exemplo para que não mais ocorra. Então, definitivamente, tivemos uma etapa com chuvas e trovoadas e outra com sol forte. Não pode um time qualificado como o Grêmio ter tanta instabilidade, porque de repente o adversário é mais forte e as coisas complicam até um campeonato inteiro.
*Diário Gaúcho