Em 2016, principalmente antes de engrenar a sequência de resultados que levou o time ao título da Copa do Brasil, o Grêmio tinha alguns problemas recorrentes. A tão falada liderança de Marcelo Oliveira, importante para a condução do grupo, não aparecia na hora em que deveria aparecer: dentro de campo. O lateral falhava seguidamente, como voltou a acontecer neste ano, em horas cruciais. No fiasco deste domingo, contra o Novo Hamburgo, mais uma vez, o gol do adversário saiu em uma falha de Marcelo. Não tenho nada pessoal contra Marcelo, como acho que a torcida também não tem. Mas é nítido que ele não apresenta condições para exercer a titularidade do Grêmio.
Um breve roteiro dos problemas do Grêmio em 2017
Justiça manda Grêmio pagar milhões ao goleiro Victor
Com dores musculares, Edílson pode dar vaga a Arthur no Grêmio
Não apoia bem, é defeituoso na marcação, e compromete as sempre boas atuações da dupla Geromel e Kannemann. É claro que não estou jogando toda a culpa dos fracassos do Tricolor em Marcelo. Mas é fato, ele falha muito, em momentos comprometedores, como no jogo contra o Novo Hamburgo.
Mas, além de Marcelo "Avenida" Oliveira, existem outros problemas que o Grêmio volta a enfrentar, em 2017. Pedro Rocha voltou a desperdiçar dezenas de situações de gol. A dupla de volantes, sem Walace, obviamente perde qualidade. E muita. Isso que ainda não falei da perda de Douglas, jogador fundamental do esquema do jogo do Tricolor. Sem ele, o Grêmio vira um time maus burocrático, que toca muito a bola, mas sem conseguir a penetração na área do adversário.
Mesmo com todos esses argumentos, e respeitando a boa equipe do Novo Hamburgo, é inadmissível que o Grêmio tenha sido eliminado pelo guerreiro time do Vale. Ainda mais, porque saímos na frente no placar nos dois jogos, e não tivemos competência para segurar o resultado. Não sei se os jogadores não estavam mobilizados o suficiente, ou o que foi que pode ter acontecido. Mas, a lição deve ser aprendida rapidamente: com atuações do nível que apresentamos contra o Novo Hamburgo, não iremos adiante na Libertadores. Se o Gauchão serve de laboratório, é bom que a comissão técnica tenha enxergado os problemas do time.