O Grêmio tem mais empates do que vitórias no Gauchão. Eis um fato que preocupa. Com reforços e rivais de qualidade inferior pela frente, o time de Renato está devendo. E merece ser cobrado pelo desempenho fraco nas primeiras oito rodadas do Estadual.
O empate na Arena com o Veranópolis decepcionou o torcedor. O goleiro falhou feio e o time, pentacampeão da Copa do Brasil em dezembro, não conseguiu virar. Teve volume, criou poucas chances e precisou se contentar com o pontinho em casa. Veio o terceiro empate seguido no campeonato.
Depois do 1 a 1, o Imortal chegou aos 13 pontos na tabela. Venceu três, empatou quatro e perdeu uma. Está em terceiro, já que conquistou pouco mais da metade dos 24 pontos disputados. O elenco disponível pode render mais. Até o momento, de performance mais alta, tivemos belos 45 minutos no Gre-Nal e a vitória na estreia da Libertadores, pincelada por sustos e falhas defensivas.
Aplaudido no título da Copa do Brasil, Renato precisa ser cobrado. As semanas e os jogos passam e seu time não evolui. Se os tropeços ficarem na conta da infelicidade e de falhas, estaremos agarrados ao escudo da mediocridade. O Grêmio deve reconhecer que não está jogando bem.
Jailson segue abaixo do esperado, Marcelo Oliveira produz o de sempre. Sem Maicon e Douglas, o meio-campo sofre para tocar bola na região mais próxima à área. Quando tenta, são tabelas que estouram na defesa. Bolaños fez falta.
Sem a velocidade e a qualidade necessárias no passe, o Grêmio abusa da bola longa. Entre muitos impedimentos, nascem chances de gol. Luan empatou o jogo com uma pintura em lançamento de Ramiro. Os dois se entendem bem. Lincoln melhorou o time e La Gata ficou pouco tempo em campo.
Lá na frente, Pedro Rocha repetiu sua especialidade, a de perder gols fáceis. O rebote caiu no seu pé, sem goleiro. E o piá chutou para fora a virada. Pedro Rocha precisa entender que as finais da Copa do Brasil foram em 2016. Sem gols, do que vive um atacante, não evoluirá na carreira. Falando em falta de gols, Barrios morre de fome. Não se adaptou ao estilo de jogo do time e o meio-campo óbvio não cria chances no chão.
Confesso que não entendi o Imortal no chuveirinho. Enquanto Barrios estava em campo, pouco se cruzou, em especial no primeiro tempo. Quando ele saiu, foi um festival de cruzamentos, sendo que nenhum dos atacantes na área tinha histórico de bom cabeceio. Renato poderia explicar essa postura invertida.
Bueno, estou frustrado pelo desempenho do Grêmio no ano. É pouco pelo investimento feito no futebol. Espero que direção, comissão técnica e jogadores reconheçam o Gauchão apático. A situação colorada, mais embaixo na tabela, não serve de atenuante. O Grêmio passou da hora de evoluir em campo.