Com a obsessão em torno da busca do tal "fazedor de gols", o Grêmio não tratou dos meias. O atual elenco tem apenas três de ofício: Douglas, Maxi Rodríguez e Lincoln. É pouco para quem almeja novas conquistas.
Na prática, o único meia confiável é Douglas. Maxi pode ganhar outra chance, porém peca pela irregularidade. E Lincoln só Deus sabe se um dia vai estourar. É verdade que Bolaños, Léo Moura e Luan podem atuar na função, mas o ideal é ter, ao menos, mais uma opção de qualidade.
Se existe a necessidade de buscar reforços para a criação, é prudente salientar que qualquer contratação deve chegar em condições de disputar posição com Douglas. Encontrar uma saída ao estilo Jael é rasgar dinheiro.
Outro setor que preocupa é a zaga. Temos três zagueiros: Geromel, Kannemann e Thyere. Considerar o retorno de Bressan, devolvido à fórceps pelo Peñarol, um reforço, é flertar com o fracasso. A Libertadores passada deveria ter deixado lições.
Como o Grêmio manteve a base campeã da Copa do Brasil, o torcedor sabe que terá uma equipe competitiva. O risco para 2017 está em buracos ainda não preenchidos pela direção.