Meia Hugo diz que é coadjuvante no Juventude e aposta no protagonismo da garotada contra o Grêmio

Um dos personagens do primeiro duelo entre Juventude e Grêmio, às 21h30min desta quinta-feira, no Alfredo Jaconi, pelas semifinais do Gauchão, já vestiu a camisa dos dois times e tem na experiência o grande trunfo. A rodagem no futebol brasileiro e internacional faz de Hugo a referência técnica da equipe alviverde e uma das apostas para surpreender o rival rumo à vaga na decisão.

Só que se engana quem pensa que o camisa 10 queira realmente ser o protagonista. Aos 35 anos, o meia diz estar vivendo um bom momento no clube, mas prefere dividir o cargo de estrela principal com os garotos: 

- É um momento bom. Nos jogos que o time precisou, tive um bom rendimento. Por vezes, falo com os meninos que não precisa estar esperando pelos mais velhos, como eu ou Pereira, por exemplo. Eles que têm de ter esse protagonismo. E nós sermos os coadjuvantes. Já estou com 35 anos, mas sempre entro em campo para dar o melhor.

Na expectativa de ter mais um jogo difícil contra o Grêmio, Hugo prefere não fazer projeções. Recorda os bons momentos vividos no próprio Jaconi ou em Porto Alegre como inspiração para a decisão desta noite. E, outra vez, cita o protagonismo. 

- Prefiro ter um bom resultado do que ser o protagonista. Não adianta nada fazer um ou dois gols e perder de três. Espero que a gente conquiste a vitória e eu possa ter minha participação. Já tive momentos bons contra Inter e Grêmio, uns cinco ou seis gols. São nos grandes jogos que os atletas precisam aparecer - destaca Hugo.

É bom deixar claro que o meia não está tirando de si a responsabilidade. É apenas uma forma de, com a experiência, incentivar ainda mais os companheiros. Nem mesmo o desconforto muscular, que o tirou no intervalo da partida contra o Ypiranga, vai atrapalhar.

- Eu acabei sentindo um problema no jogo contra o Ypiranga, tratei durante alguns dias também com medicamentos. Não estou 100%, mas trabalhando forte para estar apto a fazer um ótimo jogo - explica o jogador carioca.

Em um momento decisivo do campeonato, o meia Hugo não promete repetir o lindo drible sobre o centroavante Bobô no jogo pela última rodada da primeira fase, na Arena, ou uma atuação de luxo. Sem sentir o peso de um jogo grande, quer apenas ser um coadjuvante de luxo para o Juventude: 

- Eu gosto de jogos assim. Desde o meu retorno ao Brasil espero viver esse momento de decisão, que vivi em São Paulo, Corinthians e Grêmio. São confrontos que marcam o jogador e que trazem destaque nacional.