É de se perguntar, depois da vitória do Grêmio por 3 a 1 contra o Cruzeiro, neste sábado, em Novo Hamburgo, porque o garoto Lincoln não é merecedor de uma maior sequência de jogos. Com dribles, assistência e um gol, ele foi o destaque da equipe reserva escalada por Roger Machado, que preserva a força máxima para enfrentar o San Lorenzo, terça-feira, pela Libertadores. Preterido até entre os reservas na primeira partida contra os argentinos, o garoto de 17 anos garantiu-se na delegação que embarca para Buenos Aires neste domingo.
Quanto ao Cruzeiro, caminha cada vez mais determinado para o rebaixamento. Agora, precisará de um aproveitamento superior a 80% nos quatro jogos que ainda lhe restam no Gauchão.
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A falta de entrosamento atrapalhou o Grêmio. Com apenas dois treinamentos durante a semana, a equipe reserva contratiou as ideias de Roger Machado e trocou as jogadas de aproximação por passes longos, a maioria errados. Centralizado, Linconl assumiu sozinho a organização das jogadas, mas não encontrou parceria em Fernandinho e Pedro Rocha. Espremido entre os zagueiros, Bobô tentava reter a bola para quem vinha de trás, mas a produção ficava abaixo do esperado. Com isso, o Cruzeiro desfrutava de espaço para lançar-se ao ataque.
Fernandinho teve chance de marcar a 19 minutos, em passe de Lincoln, mas preferiu o drible, retardou o chute e permitiu a defesa de Andrey. Aos 21, o árbitro Daniel Soder errou ao não marcar pênalti de Rodrigo Heffner sobre Bobô.
De novo, o Grêmio mostrou insegurança defensiva no Grêmio. A maior parte das vezes nos cruzamentos para a área, lances em que o grandalhão Caion levava vantagem contra os zagueiros. Desentrosados, Jaíson e Ramiro, que voltou ao time deois de lesão sofrida em janeiro, também não ofereciam maior resistância aos armadores do Cruzeiro. O gol foi o retrato fiel dessa deficiência. Rodrigo Heffner bateu lateral da esquerda, Thiago Alagoano desviou e Caion, de cabeça, completou com Bruno Grassi vencido.
A reação imediata impediu que o Grêmio se desestabilizasse. A 25, lançado por Marcelo Hermes, Pedro Rocha teve calma na frente de Andrey para bater de pé direito e empatar. Mas a defesa voltaria dar novos sustos. Como aos 29 minutos, no lance em que André Ribeiro cabeceou com perigo. Novo errou ocorreu aos 37. Em falta batida por Chiquinho, Bruno Grassi errou a saída e Caion acertou a trave com seu cabeceio.
A qualidade de Lincoln voltou a fazer a diferença a 42 minutos. Com uma sutil cobrança de falta, ele encontrou Bobô por trás dos zagueiros. O centroavante jogou-se na direção da bola e acertou um cabeceio que venceu Andrey e decretou a virada do Grêmio.
Dois minutos depois, lançado por Bobô, Lincoln concluiu com perigo. Acuado, o Cruzeiro tentou descontar no começo da segunda etapa. Em passe de Caion, Thiago Alagoano driblou Marcelo Hermes com facilidade e bateu cruzado. Mas também a seguda etapa estava reservada para Lincoln.
Com personalidade, o garoto foi o ponto de partida de todas as investidas da equipe. Aos 11, ele teve malícia para esperar a entrada faltosa de Vladimir, que resultou em pênalti. Na cobrança, o chute saiu forte e alto, sem chances para Andrey.
Dois minutos depois, lançado por Bobô, Lincoln concluiu com perigo.Foi uma das últimas chances claras de uma equipe que já havia diminuído o ímpeto, tamanha a fragilidade do adversário. A essa altura, a defesa também já havia se estabilizado. Roger ainda deu chances a Tontini e Henrique Almeida para acelerar os movimentos do time, mas o placar não se alterou mais.
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