Estou entre aqueles que jamais reclamaram da quantidade de jogos. Estou reconhecendo o excesso de partidas, a tabela do campeonato determina uma sequência quase que desumana para o atleta profissional, mas, não vou reclamar. Quando dirigente, nossa equipe chegou a disputar 96 jogos em um só ano e, absurdamente, três deles em mesma tarde de quase 40 graus.
Penso, no entanto, que essas comparações não cabem, porque o momento é outro e as circunstâncias são muito diferentes. Por tudo isso, não me queixo de tantas partidas seguidos. Independentemente do que penso, preciso reconhecer, porém, que alguns jogadores gremistas estão mais suscetíveis ao desgaste físico e emocional, talvez porque se entregam mais ao jogo, buscam uma produção dentro do campo com muito suor e esforço.
Não tenho dúvidas que a quantidade de jogos, com os atletas gremistas sempre atuando na base da superação, os levou a proximidade do esgotamento físico e emocional. E o resultado disso se viu contra o Cruzeiro, quando, apesar do esforço, o Tricolor sentiu a ressaca dos jogos anteriores. Houve toque de bola, tentativas de atacar, mas não houve, nem poderia haver, aquela atuação movida a superação que se viu em outras partidas.
Olho vivo, Tricolor
Por todos esses motivos, estou saudando a parada devido os jogos da Seleção Brasileira, quando os profissionais gremistas poderão recuperar suas forças e voltarem a todo vapor. Embora a confortável distância para o primeiro time fora do G4, alguns clubes com elenco mais numeroso estão tentando chegar. Olho vivo é o que se quer do Tricolor neste momento.
Paixão Tricolor
Cacalo: Grêmio precisa se recuperar física e emocionalmente
Cacalo Silveira Martins
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