Convocado para um período de treinos preparatório para o Mundial Sub-20, realizado entre os dias 30 de maio a 20 de junho na Nova Zelândia, Yuri Mamute poderá desfalcar o Grêmio por até nove partidas, duas na Copa do Brasil e sete no Brasileirão. Em razão da ineficiência de Braian Rodríguez, os colunistas de Zero Hora e da Rádio Gaúcha analisam o problema de Felipão para montar o ataque do Grêmio.
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Luiz Zini Pires, colunista de Zero Hora
"O Grêmio perde gols. Mamute fez dois na estreia do Brasileirão e mostrou como Felipão estava errado, equivocado, ao insistir com o uruguaio Braian Rodríguez. Cria da base, Mamute mostrou que um time de futebol não vive só de estufadas de rede de centroavante de carteirinha, o que habita a grande área, o que chama a pequena área de sua casa. Atacantes com a velocidade, a mobilidade e a força ofensiva de Mamute são vitais. Nem sei se ele vai crescer como jogador, progredir. Mas aos 20 anos, assim mesmo como está e na penúria em que vive o Tricolor, Mamute é mais do que titular. É decisivo".
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Rafael Colling, comentarista da Rádio Gaúcha
"Independentemente da posição que Mamute joga no Grêmio (centroavante ou atacante pelo lado), o Tricolor perde a única referência ofensiva de qualidade que tem no momento. Os meias ficam sobrecarregados porque, além de armar e ajudar na marcação, cada vez mais deverão ter condições técnicas e físicas para chegar na área. Além disso, por saber usar bem o corpo, Mamute dificulta a marcação dos adversários, que acabam cometendo faltas perigosas perto da área e até pênaltis. Grêmio deve contratar mais atacantes com urgência. No início do ano tinha Barcos e Moreno".
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Leonardo Oliveira, colunista de Zero hora
"Felipão perde um jogador de força e velocidade no ataque, alguém capaz de numa ação rápida desmontar o sistema de marcação. Sem contar que Mamute está em estado de graça. Pode-se dizer que o Sul-Americano disputado no Uruguai salvou sua carreira. Estava no limbo, devolvido pelo Botafogo e sem perspectiva de aproveitamento no Grêmio. Foi chamado por Gallo, que parecia ser um dos poucos a confiar em seu trabalho, saiu da reserva e deu boa resposta. Isso fez com que o Grêmio revisse suas avaliações sobre Mamute. De jogador olhado com desconfiança, virou cheque ao portador. Se repetir as boas atuações na Nova Zelândia é capaz de vir só para arrumar as malas. Tem tudo do que os europeus esperam para um atacante: força, imposição, velocidade e aptidão para o gol".
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David Coimbra, colunista de Zero Hora
"O Grêmio perde muito, ao perder Mamute. Perde o único atacante efetivo que encontrou nos últimos tempos, perde um desafogo quando precisa segurar a bola na frente, perde uma alternativa de ataque pelos flancos do campo. Mamute não é o centroavante ortodoxo, ele foge muito da área, mas é um atacante raro, desses que um clube forma de dez em dez anos".
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