Enquanto advogados, dirigentes do Grêmio e o empresário Pepe Dioguardi resolviam seu futuro, Kleber viveu uma rotina discreta por quatro meses em Porto Alegre, com viagens nos finais de semana de folga. Ao ingressar na Justiça para obter a rescisão contratual na semana passada, o atacante encaminhou o fim da passagem de três anos no clube. A proposta de acordo: R$ 15 milhões, divididos em 60 parcelas de R$ 250 mil.
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Trata-se de um anticlímax para um jogador contratado por R$ 6 milhões em 2011 para ser protagonista na Arena - foi apresentado com pompa enquanto o estádio ainda era erguido. Acostumado aos grandes palcos do futebol brasileiro, Kleber vive outra realidade desde que se reapresentou no Grêmio no início do ano.
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Nada mais dos vestiários e gramados dos grandes estádios brasileiros. Desde o começo do ano, sua rotina é o CT Luiz Carvalho. Entre trabalhos na academia e no campo, o atacante mantinha a forma física enquanto esperava pelo desfecho de seu caso. Seu desejo era ser reintegrado ao grupo principal. Segundo pessoas ligadas ao atacante, Dioguardi tentou de todas as formas a reaproximação, mas não teve seu pedido aceito.
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Ao lado de Edinho, Canavésio, Moisés e Matheus Barbosa - com o acréscimo de Rondinelly desde a última semana - , o grupo dos renegados tem acesso à piscina, à academia e aos refeitórios do CT Luiz Carvalho. Apenas o vestiário principal é território proibido. Entre as conversas, Felipão nunca é mencionado. O nome do técnico é assunto vetado no grupo.
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Kleber não faltou a nenhum dos treinos. Manteve ficha limpa. Rodeado de jovens, aconselhou os meninos do grupo a buscarem rapidamente uma solução.
- Moleque de 20 anos precisa jogar para buscar espaço - advertia aos garotos.
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Companheiros no começo da temporada, Tinga, Negueba, Emerson, Erik, Everton Júnior, Felipe Nunes, Matheus Magro, Moisés (o lateral-direito), Paulista e Wangler ouviram o conselho. Partiram para outros clubes, mesmo que de menor expressão.
No ano passado, quando foi emprestado ao Vasco, Kleber vendeu sua luxuosa casa no bairro Chácara das Pedras. Mas já tinha dezenas de imóveis na Capital. Esta foi a forma encontrada pelo atacante para garantir um futuro tranquilo aos dois filhos. Ao retornar do Rio, ocupou um de seus espaçosos apartamentos, próximo à antiga residência. Ainda assim, também promove uma grande reforma em outro imóvel em sua cidade natal, Osasco. Um prenúncio de que sabia que seu futuro seria longe de Porto Alegre.
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