Em primeiro lugar, é preciso ressaltar a falta de público em muitos jogos da primeira fase. Isso chama a atenção, sobretudo quando se observa o caso de cidades a que só têm o Gauchão para assistir e prestigiar. A metade dos concorrentes ou até mais do que isso nem sequer atingiu a média de mil torcedores por partida. Convenhamos que é um público muito pequeno, o que nos faz questionar: afinal, as torcidas destes clubes e suas comunidades realmente têm interesse em sediar jogos do nosso campeonato estadual?
Nesse quesito, exceto a dupla Gre-Nal, as duas torcidas do Interior que mais se destacaram, igualadas numericamente, foram as do Juventude e do Brasil-Pel. Evidentemente que sabemos se tratarem das duas maiores massas de torcedores em suas respectivas regiões. E os outros?
Falo isso exatamente na fase de mata-mata quando o Gauchão pegou fogo para valer. Eu não conheço, ainda, os borderôs dos três confrontos interioranos. Evidentemente que se espera que, com as emoções aumentadas e o funil estreitado, por estádios mais abarrotados.
Outra constatação que eu não posso deixar de fazer é que a dupla Gre-Nal engana-se e feio ao pensar que pode enfrentar seus adversários com formações reservas. O Grêmio sentiu isso na carne com o tal de "time de transição" e, por pouco, não ficou de fora do grupo de classificação.
O Inter também perdeu seus pontos quando privado de seus titulares.
Aliás, aqui, o Gauchão prima por uma baita injustiça: Grêmio e Inter, sem os titulares todos, ao serem derrotados, estão cometendo um crime contra o campeonato. Porque, enquanto favorecem a alguns dos seus antagonistas, de acordo com o carnê, agem prejudicando aos clubes quando jogando completos.
Faça-se uma análise judiciosa de quem se beneficiou e de quem se ralou. Alguns não alcançaram o G-8 por essas razões. Assim como outros o alcançaram pelas mesmas razões. Há, sem dúvida, uma diferença abissal entre jogar contra o primeiro ou o segundo time de quem quer que seja.