Alguns nomes são bem conhecidos. O técnico também. Mas ainda não há indícios de que o Caxias de 2018 repita ou faça uma campanha ainda melhor do que fez no ano passado, quando conquistou o título de Campeão do Interior.
Para tanto, trabalho não falta. É o que assegura Luiz Carlos Winck, treinador grená. Além dele na casamata, dentro das quatro linhas o grupo manteve ou buscou de volta o goleiro Lúcio, os zagueiros Jean, Laércio e Geninho, o volante Marabá, o meia Diego Miranda e o atacante Nicolas.
Comparado ao time que está treinando entre os titulares, apenas o capitão Jean é quem vem sendo o representante do ano passado entre os 11 que devem começar 2018.
— É um grupo novo. Não posso afirmar isso (que vai fazer melhor campanha). Temos de ser realistas. Vamos trabalhar muito com humildade — resume Winck.
O treinador tem calendário cheio junto do Caxias. Além do Gauchão, o clube ainda tem Copa do Brasil e Série D em disputa na temporada.
Entrevista: Luiz Carlos Winck, técnico do Caxias
Pré-temporada
– Foi boa. Temos uma harmonia no grupo. É um grupo novo e diferente de 2017. Conseguimos unir bem o elenco. Estamos no caminho certo. Espero um ano de realizações para o Caxias.
Time titular
– Todos os setores podem ter uma ou outra alteração, mas não vamos mudar muito. Temos muitas opções. Podemos jogar com referência com o João Paulo, sem referência com Nicolas, Daniel Cruz e Túlio Renan. Também com o Diego Miranda do lado do campo. Mas depende deles também. Quem estiver melhor vai jogar. Nisso também vem a questão física. Tudo é avaliado.
Briga por vagas
– Na questão física, o Cleiton está na frente do Igor (Bosel). No meio, o Gilson cresceu muito. Tem uma boa marcação e bola aérea. O Guto é um jogador mais novo, vigoroso. São características diferentes. O Régis está brigando com o Marabá, que sofreu com a parada. Na frente, o João (Paulo) está brigando. Vai jogar se estiver melhor que os outros. O Diego (Miranda) veio muito bem. A passagem pelo Náutico fez muito bem para ele. Está participando mais, retorna quando perde a posse. Estamos ganhando muito. Também temos quatro zagueiros de nível. O Laércio e o Geninho (atualmente reservas) não devem nada para os outros. O Vavá cresceu nos treinamentos em cima do Julinho. Temos de ter uma ideia de equipe e eu tenho 70%, 80% disso. Vamos definir o que falta nessa reta final.
Contratações
– Temos duas ou três possibilidades em aberto, porque temos 24 jogadores no grupo e nosso planejamento é de 27 jogadores. Temos espaço para mais um meia, mais um atacante de lado e um atacante de área, ou dois de lado. Mas também deixamos em aberto porque pode haver lesões e, com exceção do ataque, temos dois jogadores por posição. Estamos aguardando. Mas vamos continuar trabalhando porque o grupo é bom.
Pronto para a estreia?
– Estamos num nível físico bom e crescendo na parte tática. Estamos ajustando algumas coisas nesse sentido. Mas já temos um bom parâmetro. As avaliações são boas.
Grupo de 2018 x grupo de 2017
– Tínhamos uma base maior das copas regionais. Também tínhamos um grupo muito aplicado. No meio, tinha muita força com Elyeser e Marabá. O Wagner era a personalidade. Na frente, o Gilmar brigava muito, o Julio César e o Reis encaixaram bem. Mudamos muito. Na defesa só o Jean segue titular. No meio mudou todo o time, a não ser que o Marabá retorne no seu espaço. Na frente também. Vamos trabalhar para encaixar bem novamente. Estamos trabalhando muito. O ambiente é muito bom e espero que isso ajude para termos um coletivo muito forte em 2018.
Mudança pessoal
– Cada vez mais velho, mais exigente e mais chato (risos).