O Gauchão 2018 terá Van Basten, Rudi Gullit e Hugo Sánchez. Ou quase isso. Na verdade, o Gauchão 2018 terá Van Basty, Rudigullithi e Hugo Sanches. O primeiro é volante do Brasil-Pel, o segundo é zagueiro do São Paulo-RG e o terceiro, atacante do São Luiz. Conheça as histórias dos homônimos inspirados nos craques dos anos 1970, 1980 e 1990.
O mesmo porte do holandês
Rudigullithi da Silva tem 24 anos. Seu nome, obviamente, é homenagem ao grande craque holandês que marcou época do Milan de Arrigo Sacchi, de quem o pai era muito fã, mas que ele não pôde desfrutar:
— Não vi o Gullit jogar, mas procurei lances no YouTube. Era um craque, né? É uma grande responsabilidade carregar esse nome — brinca o jogador de 1m91cm (praticamente a mesma altura do original), mas que não mantém as tranças que marcaram a carreira do atacante.
Natural de Campo dos Goytacazes-RJ, o zagueiro que se destaca pela imposição na bola aérea e pela força física chegou ao Rio Grande do Sul para jogar no São José por meio do empresário Gauchinho, o mesmo de Renato Portaluppi. Foi descoberto pelo Fluminense, fez categorias de base, mas depois do Zequinha, rodou por Cruzeiro-RS e Aimoré, já com o técnico Claiton, que agora o levou para Rio Grande.
– Estou feliz aqui no São Paulo-RG, estamos fazendo uma boa preparação e creio que vamos incomodar nesse Gauchão, pode ter certeza.
Campeão da Lampions League
Marco Van Basten levou 25 anos para ser campeão da Champions League de 1988/89. Van Basty Sousa e Silva só precisou de 18 para ganhar a Lampions League — como é chamada a Copa do Nordeste — em 2013. Vantagem, portanto, para o jogador, agora com 23 anos, que deve ser reforço do Brasil-Pel para o Gauchão da próxima temporada.
Diferentemente do atacante holandês, o Van Basty brasileiro é canhoto e volante de força física e saída de bola de qualidade.
O nome foi dado pelo pai, fã do craque do Ajax e do Milan, contemporâneo de Gullit, inclusive, no time que Arrigo Sacchi revolucionou o futebol italiano.
— Meu pai era fã dele. Eu gostava de jogar com ele na pelada, e ele era goleiro. Daí, para ficar perto, fiquei de volante. Van Basten foi um craque, infelizmente não vi jogar ao vivo, mas assisti a uns lances no YouTube. Demais.
O volante é natural da paraibana Olivedos. Além do Campinense, passou também pelo Brasília, pelo Comercial-MS e pelo Democrata-MG, antes de passar uma temporada no futebol de Santa Catarina, rodando por Almirante Barroso e Barra.
— Ele tem ótimo passe, dedicação. É parecido fisicamente com o Minotauro, vocês vão ver. Tenho certeza de que vai cair nas graças da torcida — avisa o técnico Renê Marques, que trabalhou com o jogador no Almirante Barroso.
Atacante como o mexicano
Hugo Sanches Nogueira Ribeiro Magalhães, 23 anos, é atacante como o homenageado de seu nome – inclusive o Sanches não é sobrenome, é o complemento ao Hugo mesmo.
Em sua primeira temporada no futebol do Rio Grande do Sul, no São Luiz, o mineiro de Guidoval foi batizado pelo pai, Emiliano, fã do mexicano, um dos maiores goleadores da história do Real Madrid.
– Sei que ele fazia muitos gols.
Vi vários de bicicleta, até. Foi um grande goleador, sem dúvidas. É uma honra ter o nome dele, mas não posso nem chegar perto de uma comparação – diz o brasileiro Hugo Sanches.
Sobre a expectativa pelo Gauchão, garante:
– Estamos fazendo uma ótima preparação, vamos intensificar em cinco dias de concentração total. Será ótimo.