O porto-alegrense Eduardo Valdez Basso, o Morruga, já tem destino certo para 2025. O treinador e ex-jogador de 63 anos vai assumir o comando o Joaçaba, em janeiro. Na segunda-feira (4), o Esporte Futuro, do Paraná, comunicou a saída do gaúcho, em comum acordo, após duas temporadas.
O antigo ala construiu boa parte da carreira nas quadras na Capital. No Estado natal, passou por Inter, Grêmio, Enxuta, ACBF e Lagoense, além de brilhar em outros clubes do Brasil, como o Sumov, do Ceará.
Como atleta, acumulou taças gaúchas, cearenses, nacionais e sul-americanas. Pela seleção brasileira, conquistou o mundial de 1985, na época em que a Federação Internacional de Futebol de Salão (Fifusa) ditava as regras da modalidade, e não a Fifa. A pesada bagagem de quando estava dentro das quatro linhas aumentou quando se tornou treinador, com mais títulos estaduais e a conquista da Copa América de 2017, como auxiliar de PC de Oliveira.
Zero Hora conversou com Morruga, que desfruta de um período de descanso em Porto Alegre antes de assumir o próximo desafio. Confira.
Como avalia o período de trabalho à frente do Esporte Futuro?
Foram dois anos de construção de um projeto que saiu de Marechal Cândido Rondon e foi para Toledo. Tivemos algumas dificuldades estruturais e financeiras. Era uma equipe jovem, em construção, como disse, e acabou não chegando nas finais da Liga Nacional e do (campeonato) paranaense muito por conta da falta de experiência.
No Rio Grande do Sul, o senhor já treinou times como Inter, Assoeva, UCS e AFF. Tem vontade de voltar a treinar aqui?
Como bom gaúcho, treinar no Rio Grande do Sul é um prazer. Recentemente, tive propostas de times gaúchos, mas já estava acertado com o Joaçaba. O contrato com o Joaçaba é por uma temporada.
Além de treinador, mantém outras atividades profissionais?
Sou instrutor de futsal da Conmebol e da Fifa. Então, quando sou demandado, ministro cursos a pedido dessas duas entidades para professores e treinadores.
O futsal mudou muito desde o tempo em que o senhor jogava?
Sim, o futsal mudou bastante. Atualmente, as equipes são muito profissionais, treinam em dois períodos por dia. O futsal também ficou mais físico. Antes, era a técnica que prevalecia.
Com o título mundial conquistado em 2024, a seleção brasileira conseguiu retomar a soberania na modalidade ou ainda há pontos a melhorar?
Sempre há o que ser melhorado, principalmente no que diz respeito à organização.
Quais melhorias, por exemplo?
Agora, com a CBF no controle (no passado, quem geria era a Confederação Brasileira de Futebol de Salão, a CBFS), as condições melhoraram. Mas acho que ter uma comissão técnica permanente seria ideal, uma comissão com profissionais que trabalhassem apenas para a seleção.