Seis meses após o dia que marcou a queda da Seleção Brasileira Feminina na Copa do Mundo, a técnica Pia Sundhage falou, pela primeira vez, sobre a eliminação da equipe ainda na fase de grupos do Mundial da Austrália e Nova Zelândia. O resultado diante da Jamaica marcou a despedida da treinadora do comando técnico.
Para a sueca, que hoje está na seleção da Suíça, o Brasil não soube lidar com a pressão pela necessidade de vencer a Jamaica, jogo que terminou em 0 a 0. A declaração foi dada em entrevista ao ge.globo.
— Não conseguimos lidar com a pressão. É diferente quando o 0 a 0 nos leva para a prorrogação ou para os pênaltis, mas o fato é que não fomos capazes de marcar. A pressão de precisar fazer um gol, não importa quem era o adversário, isso nos fez não ter precisão (nas conclusões) e não ser tão boas como fomos antes. Nada é garantido. Todos esperavam que nós ganhássemos da Jamaica, mas é um erro pensar assim. Basta olhar para o Canadá e a Alemanha, houve muitas decepções — apontou Pia.
Durante a entrevista, Pia também foi questionada sobre as declarações de Marta. A camisa 10 do Brasil afirmou, após o Mundial, que sua utilização não ocorreu da forma esperada. A treinadora evitou entrar em maiores detalhes, mas respondeu que atleta que se colocou à disposição para atuar em qualquer posição.
— Não tenho comentários sobre isso, o que eu posso dizer é o que ela me disse antes da Copa: "Pode me colocar onde quiser, eu jogo em qualquer posição pelo Brasil, na esquerda, no ataque, onde for". Se ela não se sentiu feliz, eu apenas sinto muito.
Depois da saída de Pia Sundhage em agosto de 2023, Arthur Elias foi anunciado pela CBF. O ex-técnico do Corinthians vai comandar o ciclo para os Jogos Olímpicos de Paris e da próxima Copa do Mundo.