Neymar será testado neste sábado (3) e pode até voltar ao time contra a Coreia do Sul. Seria um alento depois do golpe da derrota para Camarões. Mesmo que o jogo pouco valesse e a Seleção estivesse classificada, o gol de Aboubakar estremeceu os brasileiros. O tom depois da partida, na zona mista, era de desapontamento. Cada jogador parecia carregar um fardo ao deixar o vestiário.
Não bastasse o amargor da derrota, a Seleção deixou o Lusail com mais um problema. Alex Telles sofreu uma lesão no joelho que o obrigou a ser substituído. Neste sábado, em Doha, ele será submetido a um exame de ressonância magnética para avaliar a extensão da lesão. Os sinais vindos do vestiário foram os piores possíveis. Thiago Silva revelou que conversou com o lateral e saiu sem ouvir o melhor relato. Ederson foi na mesma linha. Assim como Fabinho.
— Eu sentei do lado dele ali no vestiário, conversamos. Ele lesionou o joelho, estava com muitas dores — revelou o volante a GZH.
O agravante de perder Alex Telles é de que não há garantia na volta de Alex Sandro. Ele será testado no gramado do Al Arabi Club. Porém, há um certo receio sobre o que virá. Alex Sandro sofreu lesão muscular no quadril ao final da partida contra a Suíça, há cinco dias. O caso de Danilo é o menos preocupante. A volta dele ao time contra os coreanos já é tratada com naturalidade.
O trabalho de Tite, mais do que resgatar os lesionados, será recuperar o aspecto emocional dos jogadores. Principalmente, os mais jovens. Havia grande expectativa em torno de nomes como Rodrygo, Antony e Bruno Guimarães, os três candidatos até a ganharem a vaga no time titular. Rodrygo até se saiu bem, mas Antony e Bruno afundaram. Bruno, inclusive, passou de cenho franzido pela zona mista, negando pedidos de entrevista. Pedro, outro sobre o qual havia grande expectativa, também passou em silêncio. Paquetá, mesmo sem ter atuado, foi um dos que falaram sem usar qualquer subterfúgio.
— Perder é ruim, o jogador sente. Mas temos de olhar para a frente, agora temos de aproveitar os dois dias para treinar e se recuperar e chegar forte no mata — resumiu Paquetá, antes de recolocar os fones verde e amarelo e sair para o ônibus.