O presidente da Fifa, Gianni Infantino, negou que a proibição repentina da venda de bebidas alcoólicas nos estádios da Copa do Mundo tenha sido uma imposição do governo do Catar por conta dos costumes islâmicos do país da Copa. Segundo o mandatário da entidade máxima do futebol, o veto ao álcool a 48 horas da abertura do Mundial foi uma decisão conjunta e motivada unicamente pela segurança dos torcedores.
— Todas as decisões da Copa são tomadas em conjunto entre Fifa e Catar. As medidas são revisadas permanentemente. Até o último momento, tentamos ver se era possível (a venda de bebidas alcoólicas), e a mudança de planos ocorreu por conta da segurança dos torcedores. Nesta Copa, tudo é novo. Temos oito estádios em um raio de poucos quilômetros e um fluxo de pessoas muito grande em uma única cidade. Isso gera ameaças e riscos. Então, tivemos que tomar essa decisão sobre a cerveja — explicou Infantino.
Inicialmente, haveria autorização para o consumo de álcool nos estádios e arredores em uma janela de três horas nos dias de jogos. Contudo, nesta sexta (18), o Comitê Organizador Local anunciou a mudança no planejamento. Desta forma, a venda de bebidas alcóolicas estará restrita à Fan Fest e aos hotéis internacionais, onde apenas estrangeiros têm permissão para consumo. O presidente da Fifa minimizou o impacto da medida e citou o exemplo de alguns países europeus, onde o álcool já é proibido nos estádios.
— Queria eu que este fosse o nosso problema mais grave. Haverá vários pontos onde se pode comprar álcool no Catar. Logo, as pessoas poderão beber. Pessoalmente, creio que sobriveremos se passarmos três horas do dia em um estádio sem beber cerveja. Até porque esta restrição ao consumo de álcool nos estádios já existe em vários países europeus. Não sei por que apenas aqui no Catar isso seria um problema. Por ser um país árabe? — questionou Infantino.
A abertura oficial da Copa do Mundo ocorrerá neste domingo (20), às 13h (horário de Brasília), com a partida entre Catar e Equador, no Estádio Al-Bayt, em Al-Khor.