A dupla Gre-Nal já cedeu muitos jogadores para a Copa do Mundo. No mundial do Catar, a grande expectativa é pela convocação de Johnny, volante do Inter, para a seleção dos Estados Unidos. O jogador nasceu em Nova Jersey, mas, quando ele tinha apenas três meses de idade, a família voltou para o Brasil para residir em Criciúma (SC).
O No Mundo da Copa deste sábado (22) recebeu Johnny, que voltou a ser chamado pelo seu país para disputar amistosos na última data Fifa, em setembro. O atleta atuou 23 minutos na derrota por 2 a 0 para o Japão e ficou no banco de reservas no empate em 0 a 0 com a Arábia Saudita. Eduardo Gabardo e Leonardo Oliveira questionaram o volante sobre o período com a delegação.
— Essa minha última convocação foi com todos os atletas, os que jogam na Europa. Antes, eu tinha ido para a principal, mas mais com jogadores da MLS (Major League Soccer, liga de clubes dos Estados Unidos). Foi um momento muito especial, onde eu pude compartilhar os treinamentos com eles. Aprender e evoluir também. Me dediquei ao máximo pra tentar deixar uma pulga atrás da orelha do Greg (Berhalter, técnico) para, quem sabe, cavar um espaço na Copa — destacou o volante.
A convocação de Johnny aconteceu após um corte na lista. Yunus Musah, do Valencia, sofreu uma lesão na coxa esquerda e não pôde integrar o elenco. A vaga para o mundial no Catar, portanto, ainda não é uma certeza.
— É um sonho que eu tenho na minha vida, que eu sempre almejei. Mas eu procuro manter a minha cabeça focada e ao mesmo tempo tentando esquecer um pouco pra não colocar uma pressão em cima de mim. Procuro deixar a cabeça tranquila, não criar muita expectativa. Obviamente que é um sonho, quero estar lá. Eu sei que só depende do meu desempenho aqui no Inter. Meu foco continua aqui e a convocação vai ser consequência disso — afirmou o jogador colorado.
O volante também comentou a recepção na seleção americana, o ambiente na delegação e a curiosidade dos colegas de time a respeito do Brasil.
A Copa do Mundo de 2026 será disputada em três países: Estados Unidos, Canadá e México. A seleção americana atual, com muitos jovens, carrega uma grande expectativa para o mundial em que o país será anfitrião.
— Eles veem essa Copa do Mundo dos Estados Unidos como a copa da seleção. É uma equipe que tem uma média de idade muito nova. Pessoal de 23, 24 (anos). Eles veem essa copa como o auge de todos os atletas e onde a seleção pode chegar mais longe, principalmente por disputar em casa. Essa copa (de 2022, no Catar) é uma preparação para que a Copa dos Estados Unidos seja a copa dos Estados Unidos — explicou o atleta.
Na entrevista, Johnny também falou sobre o início de carreira no Inter, o posicionamento dele dentro de campo, a busca pelo título do Brasileirão e a próxima partida do colorado, contra o Coritiba, no domingo (23).