O Catar irá recorrer a recrutas para reforçar a segurança durante a Copa do Mundo, com início em 20 de novembro e final em 18 de dezembro, anunciou nesta terça-feira (27) um responsável do país do Golfo, o primeiro da região a organizar o torneio.
O emirado usará sua própria polícia e o exército, mas também forças de segurança estrangeiras e empresas privadas para garantir a ordem durante um evento no qual prevê receber um milhão de visitantes.
Desde 2014, todos os homens cataris de 18 a 35 anos devem realizar durante quatro meses um serviço militar. Na origem desta medida, o emir Hamad Al-Thani declarou recentemente em uma entrevista que planejava estendê-la também às mulheres.
Os homens que ocupam cargos civis importantes podem atrasar seu serviço militar, mas alguns foram convocados para o Mundial.
— O programa do serviço nacional no Catar continuará normalmente durante a Copa do Mundo — declarou à AFP um responsável governamental que pediu anonimato.
— Os recrutas que realizam seu serviço obrigatório serão apoiados temporariamente por um pequeno número de conscritos — acrescentou o responsável, explicando que esta é uma prática comum no Catar para os grandes eventos, como já aconteceu no Mundial de Atletismo de 2019 e na Copa das Nações Árabes de futebol no ano passado.
O Catar conta com mais de 50 mil soldados e policiais, mas convocará milhares de agentes de segurança para os estádios e forças estrangeiras para controlar as ruas.
A Turquia aceitou enviar 3.200 policiais ao emirado durante a Copa e diplomatas declararam que Paquistão e Marrocos também enviarão reforços.
* AFP