A bola da Copa do Mundo do Catar já tem nome: "Al Rihla”, que significa "A Jornada". Ela foi projetada para ser mais rápida do que qualquer uma de suas antecessoras, garantiu a Adidas, responsável pelo desenvolvimento.
As novidades tecnológicas da bola se tornaram frequentes nas últimas edições dos Mundiais. O evento virou um importante laboratório para experimentar novas tecnologias.
Se nas primeiras edições, a bola era costurada com cadarço e ficava muito mais pesada em jogos com chuva, com o tempo ela foi evoluindo no tipo de material usado e no formato dos painéis. A versão preta e branca estreou em 1978 e, apenas em 1998, ganhou outras cores.
A partir de 2002, as inovações ficaram mais nítidas, e as bolas passaram a contar com tecnologia para melhorar o desempenho dos jogadores e auxiliar na precisão dos chutes.
GZH lembra bolas de Copa do Mundo que ficaram marcadas na história:
Tiento e T-Model – Uruguai (1930)
A primeira edição da Copa do Mundo não contou com uma bola oficial, e as seleções poderiam fornecer a própria bola. Na final entre Argentina e Uruguai não houve acordo e, assim, cada tempo teve uma bola diferente. No primeiro, a dos argentinos, a Tiento. No segundo, a dos uruguaios, a T-Model. Os anfitriões levaram a melhor com a vitória de 4 a 2 e conquistaram o primeiro Mundial.
Tricolore - França (1998)
O Mundial de 1998 teve sua bola batizada dessa forma em razão de ser a primeira colorida na história dos mundias. A Tricolore tinha, além do branco, detalhes em vermelho em azul e em homenagem às cores da anfitriã França, que acabou conquistando naquele ano o seu primeiro título mundial.
Jabulani - África do Sul (2010)
A mais famosa e polêmica bola de Copa do Mundo foi a de 2010. Feita para o Mundial da África do Sul, a Jabulani virou terror dos goleiros, que reclamavam das mudanças de direção que ela ganhava em chutes de média e longa distância.
— É horrorosa. Parece aquelas bolas que a gente compra no supermercado — reclamou Júlio César, goleiro titular do Brasil naquele Mundial, após os primeiros treinos com a bola.
Na época, o Instituto de Ciências do Movimento da cidade de Marselha, na França, avaliou que a bola era redonda demais e, por isso, não seguia em linha reta.
Brazuca - Brasil (2014)
Depois da polêmica com a Jabulani, a Brazuca foi lançada quatro anos depois com a promessa da Adidas de maior aderência, estabilidade e aerodinâmica que a versão da bola usada no Mundial da África do Sul. A Bruzaca foi a primeira bola de Mundial com o chip que avisava o árbitro quando ela cruzava a linha do gol.
Essa bola, porém, é de triste lembrança para o Brasil por ter sido a do famoso 7 a 1 aplicado pela Alemanha na semifinal, no Mineirão.
Telstar 18 - Rússia (2018)
A bola lançada para a última Copa do Mundo foi a primeira desde 1998 a ter apenas as cores branco e preto. Esse visual retrô foi uma homenagem ao Mundial de 1970, o primeiro que teve uma bola oficial feita pela Adidas. Foi com a Telstar que o Brasil conquistou o tricampeonato no México, a última Copa disputada por Pelé.
A bola em preto em branco, porém, foi utilizada apenas na fase de grupos. A partir das oitavas ela ganhou uma nova versão, a Telstar Mechta 18, tendo também tons de vermelho.