Na noite brasileira de quinta-feira (5), madrugada de sexta na Rússia, veio a confirmação: com uma torção no joelho esquerdo, o lateral-direito Danilo está fora da Copa do Mundo. O jogador do Manchester City é o segundo lateral que Tite perde para a competição, já que Daniel Alves não pôde nem ser convocado, também por lesão no joelho.
Ao longo dos anos, problemas físicos têm sido um fantasma na vida da Seleção Brasileira durante o período de preparação ou disputa do Mundial. Como não lamentar, por exemplo, a contusão sofrida por Neymar em 2014, contra a Colômbia? Ou a de Emerson, que deveria ser capitão na conquista do pentacampeonato e nem sequer entrou em campo?
Relembre alguns casos
2014 – Neymar
Há quatro anos, o camisa 10 do Brasil sofreu uma dura entrada do colombiano Zuñiga durante partida válida pelas quartas de final do torneio. O resultado: uma lesão na terceira vértebra lombar da coluna do e a principal referência técnica do time de Felipão fora dos gramados por seis semanas. Na semi, o craque não pode atuar e o Brasil sofreu a maior derrota de sua história para a Alemanha.
2010 – Elano
Na África do Sul, o meia Elano era um dos destaques da equipe comandada por Dunga na competição. Mas logo na segunda rodada, contra a Costa do Marfim, recebeu uma pancada no tornozelo e não teve condições de atuar nas partidas seguintes, contra Portugal, Chile e Holanda. Não chegou a ser oficialmente cortado, mas acabou sendo eliminado sem ter tempo para se recuperar.
2006 – Edmílson
Pentacampeão em 2002, Edmílson vivia boa fase no Barcelona em 2006. Durante a preparação da Seleção para a Copa, porém, precisou ser cortado por conta de um problema no menisco lateral do joelho direito. O volante Mineiro, à época no São Paulo, foi chamada para o seu lugar.
2002 – Emerson
Campeão com Felipão pelo Grêmio nos anos 1990, Emerson teria a chance de repetir o feito pela Seleção, em 2002 – e como capitão. O sonho foi interrompido por conta de uma lesão sofrida a 24 horas da estreia diante da Turquia. Durante um rachão, o volante estava atuando como goleiro e acabou machucando o ombro ao fazer uma defesa. Ricardinho, do Corinthians, foi foi chamado de última hora.
1998 – Romário, Márcio Santos e Flávio Conceição
A convulsão sofrida por Ronaldo horas antes da final contra a França foi apenas a cereja do bolo em uma Copa que ficou marcada por problemas físicos antes mesmo de começar. Naquele ano, Zagallo precisou abrir mão do volante Flávio Conceição e do zagueiro Márcio Santos, ambos reservas, substituídos por Zé Carlos e André Cruz, respectivamente.
A maior frustração, porém, foi a baixa de Romário. Com uma lesão na panturrilha, o Baixinho acabou ficando de fora da lista e não tivemos a chance de vê-lo formar dupla de ataque ao lado do Fenômeno em solo francês. A decisão gerou polêmica, já que o próprio jogador alegava que teria condições de estar em campo até a segunda partida da fase de grupos. Em seu lugar, foi chamado justamente Emerson, cortado em 2002.
1982 – Careca
No Mundial da Espanha, Careca seria o centroavante de uma das mais famosas equipes que a Seleção já teve, mas foi cortado a quatro dias da estreia, com uma lesão na coxa. Seu substituto foi Roberto Dinamite, do Vasco, que acabou não sendo aproveitado. A titularidade sobrou para Serginho Chulapa, que marcou dois gols.
1962 – Pelé
Sim, Pelé. O Rei do Futebol carrega o status de tricampeão do mundo, mas em 1962, no Chile, ele não foi titular ao longo de toda a campanha. Logo na segunda partida da fase de grupos, contra a Checoslováquia, o jogador sofreu um estiramento muscular e não conseguiu retornar para a competição. Quem jogou em seu lugar foi Amarildo, colega de Garrincha no Botafogo.